O dinheiro fácil de palestras faz com que colunistas como Jabor e Merval defendam privilégios.
Paulo Nogueira
No Diário do Centro do Mundo
Li uma coisa que me fez pensar.
Li não, Vi. Um vídeo em que o advogado e blogueiro americano Glenn
Greenwald é entrevistado. (Vou colocar o vídeo no pé deste texto.)
Greenwald é um liberal à americana, o que significa que é ligeiramente
de esquerda.
É um dos blogueiros mais influentes dos Estados Unidos.
O que ele disse: que os jornalistas americanos mudaram. Antes eram
trabalhadores parecidos com todos os demais. Depois ficaram ricos.
Ganham milhões hoje. E por isso não conseguem simpatizar – ou
simplesmente entender – com movimentos como o Ocupe Wall St, o OWS.
“Eles têm a visão do grupo ao qual pertencem”, disse Greenwald. Para
usar a expressão já consagrada pelos manifestantes, os jornalistas
americanos estão na reduzida faixa da sociedade milionária , a elite
plutocrata, e por isso não têm nada a ver com os outros, os “99%”.
Isso ficou claro na cobertura do OWS.
E o Brasil?
Jornalistas e colunistas como Merval Pereira e Arnaldo Jabor, com o
dinheiro fácil das palestras que fazem, estão a uma distância
intransponível dos brasileiros que arrastam sua pobreza dentro dos
“99%”. Sua causa é a do “1%”. E não estou falando aqui de seus patrões,
mas deles mesmos.
No Diário do Centro do Mundo
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