Foto: ©AFP / Vincenzo Pinto |
Matheus Pichonelli,
CartaCapital
“Vamos combinar: não deve ser fácil ser
papa hoje em dia. Quando
foi escolhido para comandar a Santa Sé, em 2005, as ferramentas que mudariam os
canais de interlocução entre o público e as autoridades eram ainda uma
novidade. Havia internet, havia uma cobertura intensa do conclave, havia todo
tipo de análise de todos os calibres sobre o futuro da Igreja Católica.
Quase oito anos depois, Bento 16, sem o
carisma do antecessor João Paulo II, tinha nas costas não apenas a missão
de estancar a hemorragia de fiéis num tempo de convicções seculares, mas
também a de atrair um público jovem cada vez mais conectado, cada vez mais
ativo, cada vez menos interessado em verdades inabaláveis. Não foi por outro
motivo que o papa aderiu ao Twitter, um púlpito bem diferente daquele a que
todos os antecessores, a começar por São Pedro apóstolo, haviam reinado.
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