sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Serra prometeu à Chevron mudar regras do pré-sal


Wikileaks revela que José Serra, então pré-candidato do PSDB à Presidência da República, tranquilizou diretora da Chevron Patrícia Padral sobre regras nacionalistas, pró-Petrobras, em discussão no Congresso no final de 2009; "Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse ele à representante da petroleira americana; não é a toa que a elite global não gosta de Julian Assange, o fundador do site que desnuda suas verdades
Brasil 247
Não faltam motivos para a elite global detestar Julian Assange, o fundador do Wikileaks, em razão das revelações constrangedoras que sua página na internet promove. Agora, um famoso político brasileiro poderá engrossar esse cordão: o duas vezes candidato a presidente da República José Serra.
Ao desatar um pacote de telegramas da embaixada dos Estados Unidos em Brasília e do consulado americano no Rio de Janeiro para o Departamento de Estado em Washington, o Wikileaks abriu uma frase de Patrícia Padral, diretora da petroleira americana Chevron no Brasil, dita em reuniões fechadas com os diplomatas. Ela teria obtido garantias de Serra de que, com ele presidente, as petroleiras estrangeiras não deveriam se preocupar com a onda nacionalista em torno do pré-sal. O depoimento de Patrícia revelado pelo Wikileaks foi dado três anos atrás, em 2009, quando o Congresso discutia a nova legislação do petróleo, numa reunião com diplomatas americanos. Serra, então, já era o pré-candidato a presidente favorito no PSDB.
Os diplomatas americanos queriam conhecer a avaliação das petroleiras do país, instaladas no Brasil, sobre o debate entre os parlamentares. Patrícia, então, revelou o que, segundo ela, ele ouvira do próprio Serra:
"Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", teria dito o candidato tucano a presidente à executiva da Chevron. A frase constou de uma das mensagens do consulado americano no Rio ao Departamento de Estado interceptadas pelo Wikileaks. É datada de 2 de dezembro de 2009.”
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