A
blogueira Yoani Sánches, segundo divulgado pela imprensa, disse
inicialmente que os protestos feitos por conta de sua visita ao Brasil e
suas posições contrárias ao governo de Cuba e favoráveis ao governo
americano, eram próprias do regime democrático e que "gostaria muito que
em seu país existisse esta liberdade e democracia". Parece que não é
bem assim. Em seu blog, ela postou matéria criticando os autores do
protesto, a quem chamou de "extremistas". Yoani repete seu roteiro
dúbio, cheio de mentiras e armações. Já chegou até a forjar um
espancamento, de onde não apareceu nem um arranhão. Segundo a União da
Juventude Socialista, o protesto foi pacífico, não houve agressão e nem
foi por conta dele que a exibição do filme "conexão cuba" foi cancelado.
Seria
mesmo de se lamentar e condenar que qualquer agressão física, ou, fugir
da permanência exclusiva dentro de palavras de ordem, tivesse sido
colocada em prática.
Respeitado
esse limite, da livre expressão e de movimentação da blogueira e seus
simpatizantes, sejam feitas as devidas críticas a sua atuação. Uma delas
que assuma posições, e não mude de opinião assim tão rapidamente.
Leandro Melito - Portal EBC
Após ser alvo de protestos em Recife e na Bahia no dia de sua chegada ao Brasil, a blogueira cubana Yoani Sánchez foi impedida de assistir a projeção do documentário “Conexão Cuba Honduras “ do cineasta brasileiro Dado Galvão, que seria exibido em Feira de Santana na noite desta segunda-feira (18). O filme, em que Yoani é uma das entrevistadas, foi o principal motivo da vinda da blogueira ao Brasil em sua primeira viagem internacional.
A manifestação foi organizada pela União da Juventude Socialistas
(UJS) com a participação de cerca de 30 entidades que apóiam o governo
cubano. Yoani classificou o a manifestação como um “piquete de
extremistas” em postagem feita feita em seu blogue nesta terça-feira.
“Repetiam um roteiro idêntico e banal, em ter a menor intenção de
escutar a réplica que eu poderia dar. Gritavam, interrompiam, em um
momento ficaram violentos e de vez em quando lançavam um coro de slogans
dessas que já não se dizem nem em Cuba”, escreveu.
Com a impossibilidade de realizar a exibição do documentário, o
senador Eduardo Suplicy propôs a realização de um debate entre
manifestantes e a blogueira no Parque do Saber, mas devido à exaltação
dos presentes, Yoani teve de deixar o local escoltada pela polícia.
“Ao final da noite me sentia como depois de uma batalha contra os
demônios do mesmo extremismo que atiçou os atos de repúdio daquele ano
de 80 em Cuba. A diferença é que esta vez eu conhecia o mecanismo que
fomenta estas atitudes, e podia ver o longo braço que os move desde a
Praça da Revolução em Havana”, escreveu.
Nota de esclarecimento
Em um comunicado divulgado em sua
página na internet, a União de Juventude Socialista nega que tenham
havido agressões à blogueira e que o cancelamento da exibição do
documentário tenha ocorrido devido à manifestação.
"A manifestação de Feira de Santana não impediu a exibição do filme
nem cerceou de qualquer modo o direito de Yoani se pronunciar. A UJS
organizou uma manifestação democrática no local, Yoani chegou bastante
atrasada e, ao entrar foi recebida apenas com palavras de ordem de
protesto, nenhuma agressão verbal, muito menos física", diz a nota. A
UJS afirma que o cancelamento da exibição do filme partiu dos
organizadores do evento "com o argumento do atraso nos horários".
Ao final da nota a UJS acrescenta "Os atos, portanto, vão continuar".
Yoani Sánchez tem um debate agendado para as 19h desta terça-feira
(19) no centro cultural de Feira de Santana e deve viajar para São Paulo
nesta quarta-feira.
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