terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Se jantar vencesse as eleições...


ELEIÇÕES 
Ti-ti-ti de Aécio e Campos  
Os dois presidenciáveis voltam a se encontrar para discutir cenários político e os números da economia brasileira

PAULO DE TARSO LYRA



O jantar de Aécio (E) e Eduardo (D), em um restaurante chique do Rio, já estava previsto, segundo assessores (Marcos Pinto/Folhapress - 8/12/13)
O jantar de Aécio (E) e Eduardo (D), em um restaurante chique do Rio, já estava previsto, segundo assessores  


Os prováveis candidatos À Presidência pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), e pelo PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PE), analisaram na noite de domingo, em um restaurante fino da Zona Sul do Rio de Janeiro, os últimos números das pesquisas de intenção de voto para a corrida ao Planalto. Também avaliaram os números ruins da economia brasileira, que podem prejudicar a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, em 2014. Apesar da tentativa do próprio Eduardo Campos, ontem, de tornar o encontro casual, o Correio apurou que os dois presidenciáveis se encontram com frequência para analisar cenários.

“Fui gravar ontem à tarde (domingo) o programa do PSB no Rio de Janeiro, e eu só poderia voltar hoje (segunda) de manhã porque o aeroporto do Recife estava fechado às 23h. Quando terminei (a gravação), próximo do hotel, fui jantar, e lá encontrei Aécio, que também tinha ido jantar. Sentamos à mesa, conversamos um pouco, tomamos um café”, desconversou o governador. Mas um integrante da cúpula do PSB recebeu, na sexta-feira, a informação de que os dois presidenciáveis jantariam no fim de semana.

Apesar das especulações de uma possível insatisfação com as recentes pesquisas de opinião, tucanos e socialistas garantiram que não há possibilidade de mudanças nas candidaturas ao Planalto. “A população só vai começar a se interessar por eleições em julho, quando a legislação obrigar uma cobertura equânime dos presidenciáveis”, declarou um dos pré-coordenadores da campanha tucana, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).

Para Pestana, a entrada do senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) na corrida presidencial aumentam as chances de segundo turno. “Em 2006, a senadora Heloísa Helena (PSol-AL) recebeu 6,9% dos votos válidos. Acreditamos que Randolfe, que tem uma boa interlocução com os movimentos sociais de junho, possa conseguir uns 5% dos votos em 2014”, completou Pestana.

O governador de Pernambuco também classificou como “muito importante” o indicativo do PPS de apoio à candidatura socialista em 2014. Disse que o partido deve ajudar na elaboração de seu programa de governo. “Foi uma decisão muito importante para nós, contar com o PPS para nos ajudar na caminhada de formação de um programa que possa ser oferecido ao Brasil em 2014”, disse Campos, após discursar em evento do Ministério Público pernambucano, no Recife.

Campos e Freire devem se encontrar em Pernambuco na próxima segunda-feira. “Vamos fazer uma primeira reunião para conversarmos como vai se dar essa integração, como a gente vai contar com as reflexões que o PPS tem feito sobre a realidade brasileira”, disse o presidente do PSB.

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