quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Governo vai ampliar o Bolsa Família



O Globo - 17/02/2011


Ministra anuncia também que estuda ampliar número de pessoas atendidas; programa não será afetado pelos cortes

BRASÍLIA. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, confirmou ontem que uma das medidas em estudo no plano de erradicação da miséria é ampliar a cobertura do Bolsa Família. Ela disse também que o valor dos benefícios do programa será reajustado, mas não revelou o percentual do aumento nem quando isso ocorrerá.

- Estamos estudando como incorporar ainda algumas parcelas da população que estão fora do Bolsa Família - disse a ministra, após reunião com o fórum de secretários estaduais de Assistência Social.

Tereza disse que os programas do Ministério do Desenvolvimento Social não serão afetados pelo corte de R$50 bilhões no Orçamento da União, assim como o próprio plano de erradicação da pobreza. Cerca de 90% das verbas da pasta vão para ações de transferência de renda, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que atende idosos e deficientes de baixa renda.

A ministra disse que o plano está sendo formulado e não quis antecipar detalhes. Mas, segundo ela, estimativas preliminares indicam que o número de famílias pobres fora do Bolsa Família seria inferior a dois milhões. Ela afirmou que, a pedido da presidente Dilma Rousseff, estão sendo traçadas metas para todos os passos. O objetivo é monitorar os resultados do plano. Tereza confirmou, também, que será estabelecida uma linha de pobreza.

Hoje, o Bolsa Família atende 12,8 milhões de famílias, que recebem entre R$22 e R$200 mensais, conforme o número de filhos. O último reajuste foi concedido em 2009. Novo aumento é discutido no governo desde o ano passado. A previsão, em 2010, era que o programa consumisse R$14,4 bilhões em 2011. Mas esse valor não é uma "camisa de força", segundo o secretário-executivo Rômulo Paes.

Tereza afirmou que a intenção é aperfeiçoar o Cadastro Único, banco de dados que lista a população pobre de todo o país, e ampliar o Bolsa Família:

- É um programa de sucesso, certamente o programa mais importante dessa envergadura no mundo. Não vamos lançar um outro programa. Estamos articulando um conjunto de ações. Algumas ações estão sendo revistas, mas não no caso de transferência de renda.

O ministério terá que cortar gastos com passagens, diárias e alugueis. O valor ainda está em aberto.

- Vamos participar desse esforço de gerar mais economia em relação a passagens, diárias, publicações, contratos, aluguéis, ou seja, todas as atividades-meio que o ministério faz - disse Rômulo.
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Também do Blog O TERROR DO NORDESTE.

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