Vermelho / Prensa Latina
O barulho de panelas, modo de protestar característico no Chile utilizado com frequência durante a ditadura, encheu a noite em importantes praças e ruas de cidades como Valparaíso, Concepcion, Valdívia, Puerto Montt, Pucon, Talca, San Carlos e Santiago, destacaram as emissoras locais e usuários do Twitter.
Para esta quarta-feira (24), a Central Unitária de Trabalhadores (CUT) conclamou a paralisar todas as atividades laborais no país e a expressar de forma pacífica e por meio de assembleias e concentrações públicas o descontentamento social com a situação vigente.
A ação de protesto desta quarta-feira, que prosseguirá em uma segunda jornada na quinta, tem entre suas demandas fundamentais a revogação da Constituição que vigora no Chile e que foi imposta pelo regime militar de Augusto Pinochet (1973-1990).
Apoiada por numerosas organizações sindicais, entre elas a Federação dos Trabalhadores do Cobre e por organizações estudantis, além de todo o espectro político oposicionista, a convocação da CUT chama também a um plebiscito nacional pela educação.
Igualmente, se exigirá uma reforma tributária imediata, um novo código trabalhista, a renacionalização do cobre e a anulação da lei antiterrorista, invocada em recentes processos judiciais contra a etnia indígena mapuche.
O fim da criminalização dos movimentos sociais e o estabelecimento de políticas públicas que assegurem que a saúde, a educação, a habitação e os salários sejam direitos consagrados constitucionalmente também fazem parte da plataforma de luta dos manifestantes.
O Chile vive um terremoto de protestos sociais desde abril deste ano, com tanta ou maior intensidade que os fortes tremores que frequentemente sacodem sua bela geografia.”
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