domingo, 23 de dezembro de 2012

A Antecipação da Sucessão, por Marcos Coimbra




Marco Coimbra

“Um dos traços mais significativos da vida política brasileira em 2012 foi a intensidade do efeito que nela exerceu a próxima eleição presidencial. Quase tudo de importante que aconteceu a teve como referência.

Dilma nem chegou à metade do mandato, seu governo ainda tem um longo caminho pela frente e, para o cidadão comum, a sucessão está longínqua. Mas o sistema político passou o ano obcecado por ela.

Especialmente as oposições.

Os partidos oposicionistas e seus aliados se viram forçados a disputar, em 2012, o primeiro round da eleição de 2014. Percebendo, com base em avaliações internas e pesquisas disponíveis desde o início do ano, que o vento soprava contra seus projetos, resolveram começar a trabalhar na sucessão presidencial desde cedo.

A principal estratégia foi desconstruir a imagem do PT através do julgamento do mensalão, dando-lhe toda a exposição possível. E o sincronizaram com as eleições municipais, de forma a que os eleitores chegassem às urnas maximamente atingidos por ele.

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