quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Temos um Napoleão no STF. Imperador de si mesmo

27/11/2013
Joaquim_Barbosa144_NapoleaoCadu Amaral em seu blog
Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), está mesmo disposto a condenar Genoíno, sua família e amigos ao sofrimento. Além do que já acontece pelo simples fato de ser condenado criminalmente. Esse não é um comportamento de quem procura justiça, mas sim, justiçamento, vingança. E com altas doses de autoritarismo.
Barbosa mandou prender Genoíno, Dirceu e Delúbio com o julgamento ainda em andamento. No mandado de prisão não continha o regime a que foram condenados, expediente aprovado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que ele próprio preside.
Ele também mudou o juiz de execução penal do Distrito Federal, responsável pelo acompanhamento do cumprimento das penas na canetada. Pôs no lugar o filho de uma liderança do PSDB local.
Expôs todos os condenados à execração pública. O que é contrário a todos os tratados de direitos humanos ao qual o Brasil é signatário. Barbosa garantiu seu showmício na grande mídia.
Não bastasse tudo isso, ele, após cinco laudos atestando as condições de saúde de Genoíno, tirou da cartola um sexto. Compostos por médicos antipetistas militantes. O blog O Cafezinho, divulgou seus perfis nas redes sociais e como eles se manifestam sobre o caso.
Barbosa sequer deu ouvidos ao Instituto Médico Legal (IML) do DF ou mesmo às falas dos médicos da Papuda, presídio onde está Genoíno. Joaquim Barbosa é o tipo de juiz que tem a certeza de sua infalibilidade. E agora como presidente do Supremo Tribunal Federal, tem a certeza de ser supremo.
A única supremacia que de fato tem é o de ser o personagem público mais arrogante que temos por essas bandas. Superou até o próprio, segundo alguns, José Dirceu quando era ministro chefe da Casa Civil. Mas essa criatura que se revelou Joaquim Barbosa não está aí por si só.
A “grande imprensa” tem uma enorme contribuição nisso tudo. Foi ela quem lhe deu status de super-herói. Assim como fez com Collor em 1989. E ela – “grande imprensa” – fará com ele o mesmo que fez ao ex-presidente: o abandonará quando não servir mais. Sinais desse futuro não faltam.
Merval Pereira já disse que ele não pode ser candidato. O Jornal Nacional divulgou nota de juristas renomados condenado todo o julgamento e em especial as prisões. O Estadão, em seu site, divulgou vídeo de Pizzolato mostrando por que é inocente.
Mas ela ainda não pode largar Barbosa de uma vez. Talvez, o ministro Luiz Roberto Barroso, relator da ação do mensalão tucano, coloque mesmo na pauta do STF os tucanos de bico fino para serem julgados. E vai que Barroso quer mesmo que a coisa ande por completo. Nessa toada até o Gilmar Mendes vira réu, FHC, Aécio e Cia limitada.
Enquanto isso ela sustenta e o Brasil assiste a um espetáculo de baixo nível, com o personagem principal fazendo uma imitação de Bonaparte sofrível.
E sabem o que provavelmente também acontecerá? Daqui a 30, 40 anos, o Estado brasileiro vai reconhecer todos os erros desse enredo nefasto – assim como foi com a ditadura de 1964 – e vai indenizar as famílias dos réus, especialmente de Genoíno. Quem pagará essa conta? Nós.
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