quinta-feira, 23 de abril de 2009

O Brasil possui "chances concretas "de evitar recessão em 2009, avalia economista

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O Brasil possui "chances concretas "de evitar recessão em 2009, avalia economista
O PIB em 2009
Antonio Corrêa de Lacerda
De São Paulo
O FMI (Fundo Monetário Internacional) acaba de divulgar novos prognósticos para o desempenho da economia mundial em 2009, com uma estimativa de queda de 1,3 % na economia mundial e o mesmo para o Brasil. O mais recente Boletim Focus, publicado pelo Banco Central brasileiro com base na estimativa de quase uma centena de analistas aponta para uma queda de 0,5%. Ou seja, há um quase consenso no que se refere à recessão de curto prazo para a economia brasileira.No entanto, apesar desse aparente consenso, ainda há chances concretas de o Brasil evitar a recessão em 2009, a depender do ritmo de recuperação da economia mundial, mas também e principalmente das ações de ordem interna.Houve queda de 3,6% do PIB no 4º trimestre de 2008, face ao 3º trimestre de 2008, resultado da diminuição abrupta no ritmo das exportações brasileiras e da atividade do mercado doméstico. Estes efeitos se fazem sentir, principalmente, nos setores industriais, afetados pela contração da demanda do mercado externo e interno, além da carência de crédito e investimentos.Estimamos crescimento do PIB em mais ou menos 0% em 2009, com uma margem de 0,5 p.p. para cima ou para baixo. A previsão de crescimento de +-0% em 2009, tem como referência as seguintes taxas de crescimento trimestrais ao longo de 2009: -1,0% no 1º trimestre, +1,0% no 2º trimestre, +1,0% no 3º trimestre, e +1,5% no 4º trimestre.Para 2010 conta-se com uma recuperação de 2,5% em 2010. Este cenário deve refletir uma trajetória de recuperação, principalmente do nível de atividade da indústria, recuperação do crédito e dos investimentos ao longo do ano de 2009. Sendo assim, criam-se as condições para que o PIB cresça a taxas mais expressivas a partir de 2010.Com a melhora esperada no cenário internacional, assim como a adoção das mudanças nas políticas econômicas domésticas, como cortes mais substanciais nos juros básicos e maior agilidade na implementação de investimentos por parte do Governo, viabiliza-se um crescimento em 2010.Com a melhora esperada no cenário internacional, assim como a adoção das mudanças nas políticas econômicas domésticas, como cortes mais substanciais nos juros básicos e maior agilidade na implementação de investimentos por parte do Governo, viabiliza-se um crescimento próximo de 2,5% em 2010.Em suma, o cenário apontado para 2009 e a recuperação da economia brasileira a partir de 2010, estão condicionados as seguintes premissas:a) Recuperação da dinâmica de crescimento do nível de atividade e do comércio internacional;b) Cortes adicionais na taxa básica de juros (Selic), com a ampliação do crédito e redução dos spreads bancários, com a finalidade de reduzir o custo de financiamento;c) Ampliação dos créditos direcionados a setores mais dinâmicos na criação de empregos como, por exemplo, setores industriais e de infraestrutura, concedidos por instituições financeiras públicas; d) Maior agilidade na implementação de projetos e nos desembolsos às obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento);e) Implementação ainda no primeiro semestre de 2009 do Programa Habitacional do governo federal, lançado em março de 2009;f) Aumento consistente dos gastos das famílias no decorrer de 2009 e 2010, em virtude da criação de duas novas alíquotas do imposto de renda de pessoa física (IRPF), promovida pelo governo em dezembro de 2008;g) Ampliação do número de famílias beneficiadas no programa Bolsa-Família.O fundamental na definição das políticas macroeconômicas por parte do Governo, especialmente em face do cenário de crise, é estabelecer prioridades e, a principal delas, é fazer com que o quadro recessivo da economia brasileira seja revertido e transformado em desempenho positivo para garantir a retomado do crescimento.A retomada da economia brasileira a partir de 2010 estará condicionada à recuperação da dinâmica da economia mundial, mas também e, principalmente, das necessárias mudanças nas políticas econômicas domésticas, com a redução das taxas de juros e a maior promoção de investimentos produtivos.
Antonio Corrêa de Lacerda é professor-doutor do departamento de economia da PUC-SP e autor, entre outros livros, de "Globalização e Investimento Estrangeiro no Brasil" (Saraiva). Foi presidente do Cofecon e da SOBEET.Fale com Antonio Corrêa de Lacerda: alacerda@terra.com.br Terra Magazine

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