A frase do ex-presidente Lula, dita na entrevista que concedeu ontem à BBC e ao Valor Econômi deve ter deixado desanimada a turma que vive sonhando em coloca-lo – e a Presidente Dilma Roussef – no meio de um jogo de vaidades e disputas.
Vou reproduzir os principais trechos:
Direitos Humanos no Irã
Em relação à atitude de Dilma em apoiar na ONU uma investigação sobre o tema designando um relator para apurar as denúncias feitas contra aquele país:
“Eu sou favorável a que tenha um relator. Acho que foi correto o voto do Brasil. Tem que ter um relator que vá ao Irã investigar. O relator não é obrigado a concordar com as acusações feitas por outros países, mas você não pode impedir que vá alguém investigar se há ou não atrocidades contra os direitos humanos”
Sobre a visita de Obama
“Eu esperava que ele anunciasse algumas coisas mais importantes, por exemplo que o Brasil deveria entrar no Conselho de Segurança da ONU, que ele reconhecesse e cumprisse a decisão da OMC (Organização Mundial do Comércio) em relação à questão do algodão, que ele diminuísse a taxação do etanol e mais ainda que ele retomasse as negociações da rodada de Doha, porque a rodada de Doha parou por causa das eleições nos Estados Unidos e na eleição da Índia. Porque somente o comércio é que vai criar condições para a melhoria da vida dos países mais pobres”.
Sobre inflação e economia
“Acho que se tem um país que não tem problemas é o Brasil. O Brasil continua crescendo, a inflação está controlada e vai ser controlada, não há nenhuma perspectiva de a inflação voltar. Eu tenho lido e ouvido pronunciamentos da presidenta Dilma de que ela fará todo o esforço possível para não permitir a volta da inflação, porque ela sabe que a volta da inflação significa prejuízo aos trabalhadores que vivem de salário”.
E Lula ainda sai à francesa sobre sua ausência no jantar com Barack Obama. Diz que não foi para não fazer sombra à Presidenta. Tá bem, Lula, o recado já tinha sido dado, agora é não passar recibo dele.
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