Assim como Lula e José Alencar fizeram pela educação do povo, fiz pela instrução formal dos meus filhos. E, assim como o ex-presidente e seu ex-vice, que acaba de cruzar os umbrais da história, tampouco tirei meu diploma – revoltei-me com o sistema e fui estudar em casa.
Como eles, pela falta de diploma enfrentei preconceito no trabalho remunerado (comércio), no meio social e até no jornalismo – e olhem que não tirá-lo foi opção minha, não da vida que Deus me deu. Sei como é duro, pois, vencer o preconceito, sobretudo quando é velado.
Não, não teria a insanidade de me comparar com Lula ou com Alencar para além da coincidência óbvia sobre diploma. Comparo a eles, sim, todos os brasileiros que não têm diploma, mas que provam que um pedaço de papel não muda o que a pessoa é.
Estudem, jovens. Tirem vossos diplomas. Exorto-vos como sempre exortei meus filhos, dando-lhes as melhores condições de estudar através de escolas caras, viagens, livros, bens culturais em geral. Mas jamais estigmatizem os sem-diploma, como fizeram as gerações que vos antecederam.
Nenhum pedaço de papel substitui o talento. Nenhum professor ensina inteligência. Todos são capazes de aprender, se estudarem. Nem que, como fiz, sem outro mentor que não você mesmo, pois certamente se dedicará a instruir-se como mestre algum faria.
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