O Globo / Extra
“Obrigada a fazer um forte ajuste fiscal
para conter a inflação que acabou derrubando o crescimento logo em seu primeiro
ano de governo, a presidente Dilma Rousseff vai mudar a agenda de 2012. A alta dos preços continuará
na mira, mas a ordem para a equipe econômica é fazer a economia voltar a
crescer numa taxa de, no mínimo, 4%. Para isso, o plano é turbinar os
investimentos e o crédito. Pelo menos R$ 90 bilhões já estão garantidos por
determinação da presidente.
O valor considera o que a União quer gastar
este ano com investimentos, cerca de R$ 50 bilhões, e a capitalização dos
bancos públicos em torno de R$ 40 bilhões, para ampliar a oferta de crédito. Também
estão previstas medidas para tentar ajudar o setor exportador a ganhar mais
competitividade.
A presidente quer ainda retomar os planos
que ficaram para trás em 2011 por causa do agravamento da situação econômica
internacional, das dificuldades no relacionamento com o Congresso e da crise
política. Esses elementos, somados à pressão inflacionária, fizeram com que boa
parte das promessas feitas ao setor produtivo durante a campanha de Dilma
sequer saíssem do papel. Esses são os casos da tão esperada reforma tributária
e da criação de uma secretaria voltada para micro e pequenas empresas.”
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