segunda-feira, 11 de junho de 2012

Em um anúncio eleitoral na TV candidato egípcio se compara ao ex-presidente Lula

@ Pensei já ter visto de tudo: Ex-ministro de Mubarak se compara a Lula em campanha eleitoral egípcia http://t.co/98enaKtN
@CarlosLatuff
Carlos Latuff
Na reta final para as eleições presidenciais 2012 do Egito, o candidato à presidência, Ahmed Shafik, lançou um comercial de TV no qual ele exibe o ex-presidente Lula e  se compara ao líder popular brasileiro. Shafik foi o último primeiro-ministro do ditador Hosni Mubarak e antes disso foi ministro da aviação civil. Ele é o candidato tacitamente favorecido pelos principais governantes militares e apoiado financeiramente por indivíduos pró-Mubarak e anti-revolucionários.
Tradução da narração do vídeo (por: Diego Casaes):
Mohamed Amin, um talentoso escritor, escreveu que o presidente brasileiro Lula da Silva transformou significativamente o Brasil, ganhando o respeito de todo o mundo e elevando a economia a níveis impressionantes.
Apesar de “da Silva” ser um simples trabalhador que engraxou sapatos, o seu povo acreditava nele e lhe depositou confiança, pois sua capacidade era conhecida.
Eles não o chamaram de traidor ou o xingaram. Não comentaram sobre seu nível educacional, religião, seu trabalho ou seu passado.
Se quisermos ser democráticos, de que serve os cigarros, ou a barba ou o casaco [Shafik gosta de vestir casacos]? Por que abrir fogo um contra o outro na televisão, e abrir fogo um contra o outro com difamação?
Não faz diferença que seja um tenente-general (Shafik tem a patente de tenente-general) ou um médico ou um embaixador ou um cientista nuclear. Queremos apenas um cidadão sincero. Não temos de concordar com a sua importância, mas elegê-lo, e acreditar nele, e que ele acredite no Egito.
É nosso convite para todos aqueles que querem servir ao Egito, com conciliação nacional, pelo bem do país que todos amamos. E como disse Mohamed Amin, deixe que a urna tenha a palavra final. Se quisermos que a eleição seja democrática.
Shafik, presidente para a República. Ação… e não palavras.

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Do Maria Frô.

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