Depoimento de empresário à CPI do Cachoeira piora situação de Perillo
“Está claro que Walter, Perillo e Cachoeira têm uma relação intensa entre si”, disse o vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). “Walter parece ter atuado em alguns casos ao lado de Cachoeira e em outros, com Perillo. Nesse caso, com os dois.” O contraventor foi preso na residência em fevereiro, já com o empresário educacional como dono do imóvel. O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se recupera de um cateterismo.
Parlamentares da CPI suspeitam que o dinheiro tenha vindo de Cachoeira, que teria pagado impostos e condomínio do imóvel por até sete meses. A PF indica que o contraventor se infiltrou em vários níveis do governo do tucano, da Secretaria de Segurança Pública ao gabinete do governador, que nega as denúncias.
Professor Walter disse que negociou apenas com o ex-vereador Wladimir Garcez, nunca com Marconi, que falará à CPI no próximo dia 12. “Foi uma transação legal e cristalina”, afirmou o empresário. No dia 13, o depoimento será do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que também tem membros de sua gestão citados em grampos da Polícia Federal.Uol.
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Álvaro Botox Dias é bravo que só um siri na lata quando um desafeto
político seu vai depor em CPI.Hoje, durante o depoimento do Wálter
Santiago, que acusa Perillo de trambicagem, Botox Dias enfio o rabinho
entre o fiofó e não deu um pio, e quando deu foi para enaltecer um
sujeito envolvido até a lama na cachoeira da corrupção.Esses tucanos
são uns corruptos.
"Até parlamentares da oposição reconheceram que o depoimento do
empresário Walter Paulo Santiago nesta terça-feira (5) piorou a situação
do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) na CPI mista (Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga as relações do bicheiro
Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. O tucano, que
falará à comissão na semana que vem, é suspeito de ter sido pago duas
vezes pelo imóvel onde o contraventor foi preso em Goiânia.
Conhecido como professor Walter, ele diz ter comprado o imóvel por R$
1,4 milhão em julho do ano passado, e pagou com notas de R$ 50 e R$ 100.
Perillo tinha afirmado que recebeu três cheques de um sobrinho de
Cachoeira pelo pagamento da residência. Parlamentares suspeitam que o
real valor da casa era de R$ 2,8 milhões, que não teriam sido declarados
integralmente à Receita Federal, e que o empresário atuava como
intermediário.
“Está claro que Walter, Perillo e Cachoeira têm uma relação intensa entre si”, disse o vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira (PT-SP). “Walter parece ter atuado em alguns casos ao lado de Cachoeira e em outros, com Perillo. Nesse caso, com os dois.” O contraventor foi preso na residência em fevereiro, já com o empresário educacional como dono do imóvel. O presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se recupera de um cateterismo.
Para o deputado Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), a situação de Perillo é
“difícil” e ele “terá de se explicar à CPI”. Ele e o colega Rubens Bueno
(PPS-PR) destoaram dos tucanos e questionaram Walter duramente na
sessão desta terça-feira. Os parlamentares do partido do governador de
Goiás evitaram questionamentos duros e elogiaram a postura do depoente.
Os atuantes senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e deputado Fernando
Francischini (PSDB-PR) se calaram.
"Casa das dúvidas"
Walter não esclareceu, em quatro horas de depoimento, as dúvidas dos
parlamentares sobre como adquiriu a casa. Ela é de propriedade da
empresa Mestra, que declarou rendimentos de apenas R$ 17 mil em 2010.
Ele diz que sacou o dinheiro para pagar pelo imóvel em diversas parcelas
e que não era dono da residência, embora tivesse uma opção de compra
para adquiri-la para sua filha assim que ela se casasse.
Parlamentares da CPI suspeitam que o dinheiro tenha vindo de Cachoeira, que teria pagado impostos e condomínio do imóvel por até sete meses. A PF indica que o contraventor se infiltrou em vários níveis do governo do tucano, da Secretaria de Segurança Pública ao gabinete do governador, que nega as denúncias.
Professor Walter disse que negociou apenas com o ex-vereador Wladimir Garcez, nunca com Marconi, que falará à CPI no próximo dia 12. “Foi uma transação legal e cristalina”, afirmou o empresário. No dia 13, o depoimento será do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que também tem membros de sua gestão citados em grampos da Polícia Federal.Uol.
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