Dadá
Por Altamiro Borges
O
Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília) decidiu ontem (4)
mandar soltar o sargento da reserva Idalberto Matias de Araújo, o famoso
Dadá. Ele foi apontado pela Operação Monte Carlo como um dos principais
operadores do mafioso Carlinhos Cachoeira. O TRF determinou que, para
ficar em liberdade, Dadá não poderá ter contato com os envolvidos nas
investigações nem se ausentar de Brasília sem autorização.
Em várias escutas da Polícia Federal, o araponga Dadá aparece como
fonte privilegiada da revista Veja. Ele inclusive ajudou, com suas
ações criminosas e ilegais de espionagem, a inspirar algumas capas da
publicação da famiglia Civita. Com a sua prisão e de outros integrantes
da quadrilha de Cachoeira em fevereiro, a revista até perdeu a
“criatividade” na sua linha editorial de escandalização da política e de
assassinatos de reputação.
Será que agora o araponga voltará a prestar os seus inestimáveis
serviços à redação da revista Veja? O editor Policarpo Junior e o capo
Bob Civita até deveriam promover uma festa de boas-vindas ao ativo
colaborador libertado das garras da polícia. Seria o caso de transformar
a festa num ato político em defesa da “liberdade de expressão” e pela
imediata libertação do "empresário de jogos" Carlinhos Cachoeira.
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