Do Blog do Miro - 13/06/2012
Em outubro de 2011, a Comissão de Ética abriu procedimento para investigar o ex-ministro do Esporte, que havia sido atacado pela criminosa revista Veja. A publicação da famiglia Civita, famosa por promover assassinatos de reputações e por produzir “reporcagens” sensacionalistas, deu amplo espaço ao ex-policial João Dias Ferreira, um notório bandido, que acusou Orlando Silva de desviar recursos do Programa Segundo Tempo, que financia projetos de ONGs para estimular a prática de esportes entre jovens.
Por Altamiro Borges
Na segunda-feira (11), a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu arquivar o processo contra o ex-ministro Orlando Silva por suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos. Segundo o presidente do organismo, Sepúlveda Pertence, a denúncia foi arquivada “por absoluta falta de provas”. A mídia demotucana, que durante mais de um mês satanizou o ex-ministro do Esporte, até agora não deu qualquer destaque para a decisão. É mais uma prova de que faz um jornalismo canalha.
Na segunda-feira (11), a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu arquivar o processo contra o ex-ministro Orlando Silva por suposto envolvimento em um esquema de desvio de recursos públicos. Segundo o presidente do organismo, Sepúlveda Pertence, a denúncia foi arquivada “por absoluta falta de provas”. A mídia demotucana, que durante mais de um mês satanizou o ex-ministro do Esporte, até agora não deu qualquer destaque para a decisão. É mais uma prova de que faz um jornalismo canalha.
Em outubro de 2011, a Comissão de Ética abriu procedimento para investigar o ex-ministro do Esporte, que havia sido atacado pela criminosa revista Veja. A publicação da famiglia Civita, famosa por promover assassinatos de reputações e por produzir “reporcagens” sensacionalistas, deu amplo espaço ao ex-policial João Dias Ferreira, um notório bandido, que acusou Orlando Silva de desviar recursos do Programa Segundo Tempo, que financia projetos de ONGs para estimular a prática de esportes entre jovens.
Perseguição desumana e brutal
Durante mais de um mês, a “reporcagem” da Veja, sem qualquer prova
concreta e baseada nas declarações de um chantagista, foi amplificada.
Ela ganhou as manchetes dos jornalões e foi destaque nos telejornais.
“Calunistas” amestrados aproveitaram para demonizar Orlando Silva e seu
partido, o PCdoB. A história do jovem ministro, ex-presidente da UNE,
foi execrada publicamente, sem dó nem piedade. A sua família foi vítima
de brutal e desumana perseguição. A cada dia surgia mais um factoide
contra o ex-ministro.
Em decorrência do pesado bombardeio, a presidenta Dilma Rousseff cedeu
mais uma vez à operação “derruba-ministro” da mídia e Orlando Silva
deixou o governo. Na sequência, o ex-policial João Dias foi preso três
vezes consecutivas, acusado por corrupção ativa e atos de violência –
inclusive suspeita de assassinato. Já a Comissão de Ética, analisando
todas as denúncias, comprovou que nada havia contra o ex-ministro e, só
agora, decidiu arquivar o processo “por absoluta falta de provas”.
O silêncio dos assassinos de reputações
A mesma mídia venal que promoveu a cruzada para derrubar o ex-ministro
agora não dá qualquer destaque para a sua absolvição. A decisão da
Comissão de Ética não foi destaque no Jornal Nacional nem manchete da
Folha, Estadão e O Globo. A revista Veja, hoje envolvida em denúncias
sobre a sua associação com o crime organizado, não deverá tratar do
assunto na edição desta semana. Já os "calunistas" da mídia, notórios
jagunços de aluguel, também estão quietinhos.
No livro “O jornalismo canalha”,
José Arbex, colunista da revista Caros Amigos, denuncia os mecanismos
de manipulação usados pela mídia hegemônica para interferir na agenda
política e defender seus interesses comerciais. A obra, publicada em
2003, é bastante atual e deveria ser lida por aqueles que ainda se
iludem sobre a neutralidade da mídia e também pelos pragmáticos que
ainda insistem em manter o "namorico com a mídia" canalha, evitando
enfrentar o urgente debate sobre a democratização da comunicação no
país.
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