Reescrever a história está se tornando uma obsessão para a Rede Globo.
Não bastasse eliminar seus inimigos, a emissora deu agora para apagar
até mesmo seus principais colaboradores.
A indignação da atriz Sonia Braga com reportagem sobre o remake da novela Gabriela é
o testemunho definitivo sobre o stalinismo que tomou conta das ilhas
de edição da Velha Senhora. Para entender tudo, basta recorrer às
declarações da própria vítima:
"Fiquei estarrecida ao assistir ao Fantástico de hoje (10). Estarrecida
e chocada com o exemplo de mau jornalismo. Na matéria sobre o remake
de Gabriela, que terá Juliana Paes no papel (cuja escolha,
aliás, achei perfeita) o programa mostrou imagens minhas, na novela
original, mas sequer me mencionou como a intérprete original da
personagem".
"Das duas, uma: ou foi incompetência ou, pior, falta de respeito mesmo e
pura má-fé. Mas isso não chega a ser novidade na emissora. Talvez
porque não tenha aceitado trabalhar de graça para eles na divulgação,
em Portugal, da novela Dancin' Days. Em troca, preferiram me apagar da história da tevê".
Qualquer brasileiro, até mesmo criancinhas, sabe que a personagem de
Jorge Amado foi imortalizada pela atriz que também será para sempre a
Júlia Matos, de Dancin’ Days. Não há como jogar a memória de um povo na fogueira do esquecimento.
Quem deve estar preocupada é Lucélia Santos. Sua escrava Isaura corre o
sério risco de entrar para a enciclopédia global na pele de Isis
Valverde ou outra contratada de plantão. A turma é rancorosa, não está
para brincadeira.
No O Provocador
Nenhum comentário:
Postar um comentário