O flanelinha é este alguém que "cuida" de seu bem em troca de dinheiro.
Ele cobra sem cerimônia pelo "serviço", adiantado, sem qualquer garantia de que o serviço será, de fato, prestado.
Já fiz a besteira de discutir o valor cobrado por um flanelinha, consegui o desconto, mas quando retornei, percebi a "fatura" do serviço: um arranhão na porta lateral dianteira.
Feito por chaves, pelo próprio "flanelinha", que já não estava mais lá quando, horas depois, retornei ao local.
Pois bem, Caio Blat virou notícia na blogosfera por revelar que produtor de filme nacional não ganha dinheiro, quem fica com o lucro é a distribuição.
O dinheiro fica nas mãos da Globo Filmes, que cobra por um serviço que não presta, sobre um produto que não investe um centavo.
E tal como um flanelinha cobra para divulgar películas em programas jornalísticos, como se fosse merchandising!
E pior: se o produtor não pagar pela "divulgação", a Globo Filmes "arranha a lataria" da produção, de tal forma que ninguém vai se interessar em ver.
Ou como Caio Blat disse: "Se não fechar com a Globo Filmes, seu filme morreu".
A Globo, proprietária da Globo Filmes e da TV Globo, cobra por aquilo que não oferece, de maneira alguma, transforma em débito uma operação casada pelas suas duas empresas, o que lhe dá grande retorno e transforma entrevistas e citações em débitos para os cineastas brasileiros. É esta "soma" que a Globo Filmes tanto alardeia com grande orgulho de ser uma das maiores investidoras do cinema brasileiro...
Na verdade, assim como um flanelinha, a Globo intimida e monopoliza a produção nacional de cinema em sua cadeia produtiva e ganha fortunas com o trabalho digno de outrem.
Quer dizer: ou o cineasta paga pelo merchandising na programação da Globo, colaborando pela pauta destes, ou será, solenemente, ignorado pelo jornalismo da emissora ou pelos programas de variedades. Como se nunca tivesse existido.
É preciso pagar para que "divulguem" ou então não serão divulgados nunca.
Não há meio termo.
Como aquele flanelinha que te cobra pra tomar de seu carro, mas que, implicitamente, sabe-se que está te cobrando para que o próprio não danifique seu veículo.
Ou segundo as palavras de Blat: "ia ao Vídeo Show, no programa do Serginho Groisman e outros. Achava que era um processo natural de divulgação, foi quando descobri que estas coisas são pagas. Quando vou ao programa do Jô fazer uma entrevista isso é considerado merchandising, não é jornalismo (...) "é uma coisa que me deixou enojado, me deixou horrorizado".
Como aquele flanelinha que te cobra pra tomar de seu carro, mas que, implicitamente, sabe-se que está te cobrando para que o próprio não danifique seu veículo.
Ou segundo as palavras de Blat: "ia ao Vídeo Show, no programa do Serginho Groisman e outros. Achava que era um processo natural de divulgação, foi quando descobri que estas coisas são pagas. Quando vou ao programa do Jô fazer uma entrevista isso é considerado merchandising, não é jornalismo (...) "é uma coisa que me deixou enojado, me deixou horrorizado".
Um comentário:
Eu já sabia que isso funcionava desta forma desde quando, lá pelos idos do ano 2000, um conhecido meu que tinha um grupo de pagode, começando a fazer sucesso, foi no programa do Jô.
Falei: - Legal. Vc foi convidado p/ ser entrevistado no programa. Tá ficando famoso, heim?
Ele disse: - Que nada ficou 'mô' caro. Pagamos $$$$$ p/ aparecer e tocar do nosso bolso!
A partir daí nunca mais vi as entrevistas com os mesmos olhos.
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