Cada vez ficam mais claras e se complicam as ligações entre o esquema criminoso do bicheiro Carlinhos Cachoeira e a revista Veja, por intermédio de seu diretor em Brasília, Policarpo Júnior.
Agora, segundo o G1, a mulher do bicheiro teria tentado chantagear o juiz federal Alderico Rocha Santos, que cuida de um dos casos que envolvem o bicheiro, ameaçando-o com um dossiê que teria sido preparado por Policarpo a mando de Cachoeira:
Conforme relatou o juiz ao G1, o dossiê teria sido produzido a pedido de Cachoeira pelo jornalista Policarpo Júnior, repórter da sucursal da revista 'Veja', em Brasília. O G1 procurou a assessoria de imprensa da revista, que informou não poder se posicionar sobre questões editoriais. Nas redações de São Paulo e Brasília, não localizou responsáveis para comentar o caso.
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Conforme o juiz, Andressa teria dito: "Doutor, tenho algo muito bom para o senhor. O senhor conhece o Policarpo Júnior? O Carlos contratou o Policarpo para fazer um dossiê contra o senhor. Se o senhor soltar o Carlos, não vamos soltar o dossiê".
O juiz diz também que respondeu que não tinha nada a temer, quando teria ouvido de Andressa: "O senhor tem certeza?".
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[Por conta da ameaça] Andressa prestou esclarecimentos nesta manhã na Polícia Federal em Goiânia e saiu sem falar com a imprensa. A mulher do contraventor terá de pagar fiança de R$ 100 mil e está proibida de visitar o marido, informou a PF.
Segundo o delegado Sandro Paes Sandre, “caso essas medidas não sejam atendidas, Andressa terá a prisão preventiva decretada e ficará presa na PF”. [íntegra aqui]
O cerco se fecha contra o esgotão da Abril, quando até o G1, portal das Organizações Globo, derruba o muro que protegia a mídia corporativa das relações comprometedoras entre a revista Veja e a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira.
Com a volta ao trabalho dos deputados ao fim do recesso nesta semana e a retomada da CPI do Cachoeira, já não é mais possível impedir a convocação do silente Policarpo ou de seu superior e responsável pela revista Roberto Civita.
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