A senhora Marina Silva é um caso típico de como as virtudes enganam. Ela
surgiu na vida pública brasileira como a pobre menina da floresta, que
se torna ativa militante da causa ambiental, entra para a política ainda
muito jovem, dentro do PT; é eleita senadora pelo Acre; torna-se
Ministra, e chega a candidatar-se, sem êxito, à Presidência da
República. Trata-se de uma biografia virtuosa. Marina é militante de uma
causa vista como nobre, a da defesa da natureza. Mas não se pode dizer,
com o mesmo reconhecimento, de que se trata de uma boa brasileira.
Marina é hoje, e é preciso dizer, uma patriota do mundo. Nenhum
brasileiro, vivo ou morto, foi tão homenageado pelos mais poderosos
governos estrangeiros e organizações não governamentais do que esta
senhora, ainda relativamente jovem.
Ela, ao militar pela natureza universal, não tem servido realmente ao
Brasil e à sua soberania. O Brasil, com o apoio, direto ou indireto, da
senhora Silva, tem sido acusado de destruir a natureza. Quando seu
companheiro de idéias, Chico Mendes, foi assassinado em Xapuri, o New
York Times chegou a dizer que o mundo iria respirar pior, a partir de
então. A tese do jornal, já desmentida pela ciência não engajada, era a
de que a Amazônia é o pulmão do mundo. Assim, a cada árvore abatida,
menos oxigênio estaria disponível para os seres vivos.
Marina Silva transita à vontade pelos salões da aristocracia europeia e
norte-americana. É homenageada, com freqüência, pelas grandes ongs, como
a WWF, que contava, até há pouco, com o caçador de ursos e de
elefantes, o Rei Juan Carlos, da Espanha, como uma de suas principais
personalidades. Na melhor das hipóteses, a senhora Marina Silva é
ingênua, inocente útil, o que é comum nas manobras políticas
internacionais. Na outra hipótese, ela sabe que está sendo usada para
enfraquecer a posição da nação quanto à defesa de sua prerrogativa de
exercer plenamente a soberania sobre o nosso território.
Ainda agora, a ex-candidata a Presidente acaba de ser homenageada pelos
organizadores londrinos dos Jogos Olímpicos, como convidada de destaque,
ao lado de outras personalidades mundiais, a maioria delas diretamente
ligadas às atividades esportivas, o que não é o seu caso. Para quem
conhece os códigos da linguagem diplomática, tratou-se de uma desfeita
ao Brasil, como país soberano, e, de forma bem clara, à Presidente Dilma
Roussef. Dilma, com elegância, declarou-se feliz pela homenagem à sua
adversária nas eleições presidenciais de 2010, e que permanece militando
na oposição ao atual governo. A Chefe de Estado, que ali representava a
nação inteira, e não ongs interessadas em retardar o desenvolvimento
autônomo do Brasil, não assinou recibo pela aleivosia de uma Inglaterra
decadente, contra um Brasil que cresce no respeito do mundo.
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