“Com episódios beirando o fascismo, a
estratégia eleitoral do tucano nestas eleições pode ser qualificada de várias
formas, menos de bem-sucedida. Para analistas, Serra não soube compreender o
perfil do eleitor paulistano em geral nem o do simpatizante do seu próprio
partido. “O Serra morreu politicamente. O máximo que ele consegue é ser
senador, não mais uma peça central do tabuleiro, embora não seja possível ser taxativo
em política”, opina o filósofo Vladimir Safatle.
Igor Ojeda, Carta Maior
“Caminho sem volta”. Assim a Folha de S.
Paulo definiu, em seu editorial de 13 de outubro, a aliança de José Serra com
setores ultraconservadores. Sim, a estratégia de campanha do candidato tucano à
Prefeitura de São Paulo foi demais até para o jornal que sempre o apoiou. E
mesmo quadros do PSDB, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, estariam
criticando duramente tal postura.
“É uma campanha de direita”, opina Lincoln Secco, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP). Para ele, Serra tentou copiar o candidato Celso Russomano (PRB), que teria posto em marcha uma campanha “sem consistência ideológica, mas capaz de popularizar temas conservadores misturados com a ‘defesa dos pobres’ e com uma atitude supostamente moderna, que é neoliberal”. Talvez por isso, analisa Secco, o tucano tenha chegado ao segundo turno. “A imagem que ele sempre projetou não foi de esquerda, mas a de um técnico. Hoje, por necessidade de ocupar outro campo da política, faz um discurso conservador.”
O episódio mais recente da estratégia de campanha do candidato do PSDB beirou o fascismo. À rádio CBN, respondendo a um eleitor sobre o que faria para acabar com a violência nas escolas, Serra afirmou que faria um convênio com a Fundação Casa (antiga Febem, famosa pelos maus-tratos contra internos menores de idade) para identificar jovens com propensão ao crime e ao consumo de drogas dentro das instituições municipais de ensino.
Sua completa adesão à política de “linha-dura” no combate ao crime já havia ficado evidente no dia 10, quando, em um ato de campanha no bairro de Pirituba, elogiou o vereador eleito do PSDB Coronel Paulo Telhada, que o acompanhava. Ex-comandante da Rota, Telhada é alvo de três pedidos de impugnação de sua candidatura pelo Ministério Público, uma delas por incitação à violência.”
“É uma campanha de direita”, opina Lincoln Secco, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP). Para ele, Serra tentou copiar o candidato Celso Russomano (PRB), que teria posto em marcha uma campanha “sem consistência ideológica, mas capaz de popularizar temas conservadores misturados com a ‘defesa dos pobres’ e com uma atitude supostamente moderna, que é neoliberal”. Talvez por isso, analisa Secco, o tucano tenha chegado ao segundo turno. “A imagem que ele sempre projetou não foi de esquerda, mas a de um técnico. Hoje, por necessidade de ocupar outro campo da política, faz um discurso conservador.”
O episódio mais recente da estratégia de campanha do candidato do PSDB beirou o fascismo. À rádio CBN, respondendo a um eleitor sobre o que faria para acabar com a violência nas escolas, Serra afirmou que faria um convênio com a Fundação Casa (antiga Febem, famosa pelos maus-tratos contra internos menores de idade) para identificar jovens com propensão ao crime e ao consumo de drogas dentro das instituições municipais de ensino.
Sua completa adesão à política de “linha-dura” no combate ao crime já havia ficado evidente no dia 10, quando, em um ato de campanha no bairro de Pirituba, elogiou o vereador eleito do PSDB Coronel Paulo Telhada, que o acompanhava. Ex-comandante da Rota, Telhada é alvo de três pedidos de impugnação de sua candidatura pelo Ministério Público, uma delas por incitação à violência.”
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