terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nos jornais do mundo, só dá Lula e Haddad



Os jornais estrangeiros chamaram a atenção ontem para a vitória de Fernando Haddad na maior cidade do Brasil. Nas publicações do exterior, a volta do PT ao poder em um "tradicional reduto tucano" foi viabilizada pelo apoio do ex-presidente Lula. O jornal espanhol "El País", diz que  a derrota de José Serra significa que "as peças se moveram e começa agora um novo jogo político", com Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) como protagonistas.
Nos EUA, o "New York Times" e o "Washington Post" replicaram um boletim da agência Associated Press (AP). Segundo o texto da AP, "o candidato  do PT Fernando Haddad venceu facilmente a disputa pela prefeitura da maior cidade da América Latina". O jornal lembra que Haddad entrou na disputa com índices baixíssimos nas pesquisas, mas "conseguiu o cargo às custas de uma forte campanha do popular ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff".
No "El País", o correspondente Juan Arias disse que, em São Paulo, apostou  em um candidato que começou a eleição com apenas 3% das intenções de voto. O jornal considerou que foi vitoriosa a estratégia de Lula de apresentar o jovem Haddad como símbolo de renovação, diante de José Serra, "com 70 anos e no final de sua carreira política".
"Clarín" mostra derrota de Serra
Para o argentino "Clarín", o que sobressai no resultado em São Paulo não é a vitória de Haddad, e sim "a devastadora derrota de José Serra".
O francês "Le Monde" fez paralelo da eleição do Brasil com as eleições municipais no Chile, também realizadas no domingo. O jornal diz que, os dois eventos confirmam crescimento de partidos de centro-esquerda nos dois países.
A  agência de notícias AFP afirmou que "vários analistas previam que Haddad seria derrotado por causa da repercussão do mensalão", mas que o mensalão "não fez barulho nas eleições".
A emissora britânica BBC também noticiou a vitória de Haddad, e lembrou que, "apesar de ser o centro econômico, São Paulo é uma megacidade que sofre com engarrafamentos crônicos, infraestrutura inadequada e falta de segurança".

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