segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PT ganhou São Paulo e mais 7 prefeituras, perdeu Salvador e Fortaleza... Que lições tirar?

Sem dúvida a vitória de Haddad em São Paulo foi o que se chama levar a jóia da coroa e, na soma nacional, compensa a derrota em Fortaleza e Salvador, apesar disso não aliviar as preocupações com os problemas que os moradores de Salvador poderão ter com um prefeito da mentalidade de ACM Neto e do DEM, por mais que a gente deseje boa sorte e nunca torça contra um governo eleito, porque quando um governo é ruim, quem sofre não é quem está dentro dos palácios, é o povo, sobretudo o que mais precisa.

Voltando ao quadro geral, o PT venceu em 8 cidades das 21 em que disputou o segundo turno:
AC Rio Branco Marcos Alexandre PT x Tião Bacalon PSDB
BA Vitória da Conquista Guilherme PT x Heuzem Gusmão PMDB
PB João Pessoa Luciano Cartaxo PT x Cícero Lucena PSDB
RJ Niterói Rodrigo Neves PT x Felipe PDT
SP Guarulhos Almeida PT x Carlos Roberto PSDB
SP Mauá Donizete Braga PT x Vaneza Damos PMDB
SP Santo André Carlos Grana PT x Dr. Aidan Ravin PTB
SP São Paulo Haddad PT x José Serra PSDB
Em número de prefeitos, o ranking ficou assim:

PSDB: 9
PT: 8
PSB e PMDB: 6
PCdoB, PDT, PSD e PPS: 3
PP e DEM: 2
PR, PRB, PSOL, PTC, PV: 1

O PSDB, apesar de eleger mais prefeitos, sofreu sua maior derrota em São Paulo, com José Serra, por isso esse número de 9 prefeituras é relativizado e não pode se considerar nenhuma grande vitória. Na verdade, PT e PSB foram os partidos que mais cresceram, no quadro geral nacional.

Em algumas cidades, mesmo o PT não vencendo, não se pode dizer que houve uma derrota política, pois no começo não havia expectativa nem de chegar ao segundo turno, e acabou saindo da eleição com votação expressiva, com força política e com novos líderes políticos emergindo das urnas. É o caso de Campinas, Cuiabá, Taubaté. Claro que todos queriam vencer, mas se não venceram, fizeram bonito.

O que os petistas podem lamentar de fato, são as cidades em que comandavam a prefeitura e perderam. Há casos em que não houve propriamente uma gestão desaprovada, houve apenas o que se chama fadiga de material, ou seja, a alternância que o eleitor resolve fazer quando algum partido está há muito tempo no cargo. Creio ser o caso de Diadema. 
No caso de Fortaleza a eleição foi bastante apertada. O candidato Elmano de Freitas (PT) não venceu, mas emergiu como nova liderança, e a prefeita Luizianne Lins (PT) também continua como uma liderança política forte no estado, e quase 50% do eleitorado prefeririam que sua gestão fosse continuada. Mas os petistas tem o que lamentar, pois perderam uma prefeitura que comandavam. Menos mal que seja para um candidato do PSB e não para um tucano ou do DEM, como ameaçava acontecer nas pesquisas iniciais.

Difícil entender a vitória folgada de Arthur Vígilio (PSDB) contra Vanessa (PCdoB) em Manaus. Ao que parece o povo nem morre de amores pelo tucano, nem desgosta da senadora Vanessa. Parece apenas que não aceitou a senadora concorrer há apenas 2 anos depois de ter se elegido para o Senado. Ocorreram casos semelhantes no primeiro turno, como o caso do senador Wellington Dias (PT) em Teresina, que acabou em terceiro lugar. Apesar de ser difícil decidir antes das eleições e fácil analisar depois, são lições que devem ser estudadas.

Eis a lista dos eleitos ordenada por partido no segundo turno:

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