Mauricio Dias, CartaCapital
O mensalão tucano, e não mineiro, como às vezes se diz e se escreve, ora por descuido e, principalmente, por má-fé, montado a partir de Belo Horizonte, em 1998, para a reeleição do então governador mineiro Eduardo Azeredo, está intimamente ligado ao processo eleitoral nacional e, por consequência, à reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
Marcos Valério, o publicitário, ou operador financeiro, como é caracterizado, passou a ser o fio condutor de todo esse moderno processo de formação de caixa 2 que ainda norteou, em 2002, a primeira eleição de Aécio Neves para o governo de Minas Gerais. O dinheiro gerado em Minas se espalhava pelo País.
Nada pode ser entendido se for descartado, por exemplo, o livro O Voo do Tucano, do deputado petista Durval Ângelo, publicado em 1999. Praticamente circunscrito ao fechado mundo mineiro, onde tudo acontece e nada transpira, a obra ganhou alguma notoriedade na CPI dos Correios (2005), após as denúncias de Roberto Jefferson.
“Em
breve, como se espera, o Supremo Tribunal Federal, após o julgamento do chamado
“mensalão petista”, se encarregará do Inquérito 3.530, conhecido, mas ainda não
popularizado, como mensalão tucano, igualmente originado em Minas Gerais e até
agora ainda sob a relatoria do ministro Joaquim Barbosa, que assumirá a
presidência do STF em novembro, pelo princípio do rodízio. Não se sabe se
abrirá mão da tarefa. Provavelmente, sim.
O mensalão tucano, e não mineiro, como às vezes se diz e se escreve, ora por descuido e, principalmente, por má-fé, montado a partir de Belo Horizonte, em 1998, para a reeleição do então governador mineiro Eduardo Azeredo, está intimamente ligado ao processo eleitoral nacional e, por consequência, à reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
Marcos Valério, o publicitário, ou operador financeiro, como é caracterizado, passou a ser o fio condutor de todo esse moderno processo de formação de caixa 2 que ainda norteou, em 2002, a primeira eleição de Aécio Neves para o governo de Minas Gerais. O dinheiro gerado em Minas se espalhava pelo País.
Nada pode ser entendido se for descartado, por exemplo, o livro O Voo do Tucano, do deputado petista Durval Ângelo, publicado em 1999. Praticamente circunscrito ao fechado mundo mineiro, onde tudo acontece e nada transpira, a obra ganhou alguma notoriedade na CPI dos Correios (2005), após as denúncias de Roberto Jefferson.
Valério era somente consultor financeiro
quando se envolveu no processo de salvação da empresa de publicidade SMP&B.
Por intermédio dele, o hoje senador Clésio Andrade aportou recursos na agência.
Integrante, como vice, da chapa de Aécio Neves, ele repassou as ações para
Valério numa operação cuja legalidade é discutida.”
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