terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A 'oposição sem rumo' e sua chefe que a descredenciou junto ao país, a imprensa brasileira, estão chorando amargamente antevendo outras derrotas.


PT mira 2014 e opõe juros baixos a 'desastre' neoliberal 

 

NATUZA NERY
DE BRASÍLIA
O PT começou a construir, em um documento a ser distribuído amanhã à militância da sigla, a narrativa que servirá de base para a campanha presidencial do ano que vem.
Com forte tom ideológico e números de comparação entre a gestão petista e a administração tucana, o partido lançará na comemoração de seus 10 anos de governo uma cartilha que opõe o projeto que chama de "glorioso" de Lula e Dilma ao modelo que classifica de "desastroso" de Fernando Henrique Cardoso.


Jorge Araujo - 1º.jan.2011/Folhapress
Lula passa a faixa presidencial à Dilma, em 2011
Lula passa a faixa presidencial à Dilma, em 2011
Embora ninguém admita publicamente, os termos da cartilha serão usados como matriz da disputa pela reeleição em 2014. O texto foi produzido pelo Instituto Lula e Fundação Perseu Abramo e supervisionado pelo presidente da sigla, Rui Falcão.
Ele exalta, por exemplo, a redução dos juros na gestão petista --um dos pilares da propaganda de Dilma Rousseff por mais um mandato.
Sobre o período de FHC, ataca: "Enquanto o salário médio dos trabalhadores caiu, aumentou a derrama contínua de recursos públicos para os segmentos mais ricos e enriquecidos por uma dívida em expansão e por taxas reais de juros incomparáveis internacionalmente".
Na gestão tucana, a Selic chegou a ultrapassar a taxa de 40% ao ano. Hoje, está em 7,25%. Analistas apostam, porém, que o Banco Central terá que subir os juros neste ano para conter a inflação.
A cartilha não traz autocrítica nem faz menções ao mensalão, tampouco ao julgamento que condenou à prisão alguns de seus líderes. Dirigentes argumentam que também não fizeram menção a escândalos de tucanos.
O livreto de 15 páginas, encapado com a imagem de Lula e Dilma, como se fossem rostos de um mesmo corpo, não economiza em adjetivos ideológicos. "Consenso de Washington" é um deles, adotado de forma pejorativa para identificar o receituário econômico de privatizações e de Estado mínimo.
"Foram anos de enaltecimento da 'economia política do bonsai'. Para qualquer broto de crescimento com possível distribuição menos ingrata da renda que ousasse aparecer no Brasil havia a tesoura dos delegados do Consenso de Washington a amputá-lo", afirma.
Ao citar desemprego, salários, pobreza e distribuição de renda sob FHC, a cartilha diz que "o desastre do neoliberalismo é contundente".
"Por meio de privatizações sem critérios e [sem] decência administrativa, cerca de meio milhão de trabalhadores foram demitidos", diz.
Sob Dilma, o Executivo construiu uma agenda extensa de concessões públicas ao setor privado. Mas sempre renegou o termo "privatização" e exaltou exigir contrapartidas, como redução de tarifas.

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