“Ilha caribenha cercada de capitalismo por
todos os lados outra vez na berlinda; como se ainda estivesse de boina na
cabeça e metralhadora em punho, Fidel Castro marcado pelos anos segue sendo
referência; para o bem e o mal; regime promove reformas como as que trazem
Yoani Sánchez ao Brasil, mas Sociedade Interamericana de Imprensa gasta milhões
para fazer dela, em 10 países, mártir; avanços se refletem em governo populares
da América Latina, mas não suavizam boicote econômico americano; de Eisenhower,
na década de 1950, à Obama, com agravantes nos governos democratas de Kennedy e
Clinton, o que se quer é matar o sonho socialista; que tal compreender Cuba em
lugar de só atacá-la?
Marco Damiani, Brasil 257
A partir da maior ilha do Caribe, cercada
de capitalismo por todos os lados, o comandante Fidel Castro ainda parece
estar, aos olhos de muitos, de boina militar, grossos óculos de grau e
metralhadora em punho. No
auge da forma, ao lado de Guevara e Cienfuegos. Afinal, continua a maior
potência econômica da terra a querer derrubá-lo. É assim desde a imposição
pelos Estados Unidos, em 1958, às vésperas da vitória da revolução popular, do
boicote econômico. Obra do presidente republicano (e general) Dwight
Eisenhower, ampliada pelos democratas John Kennedy e Bill Clinton, mantida sem
cerimônia por Barack Obama. Lá se vão 54 anos jogando contra.
Agora, a estratégia econômica de cerco a
Cuba é acrescida de uma jovem face política. Sob os auspícios da Sociedade
Interamericana de Imprensa, entidade fundada em Washington D.C., em
1926, com sede permanente na Flórida, em Miami, e cuja próxima assembléia geral
está marcada para Denver, no Colorado, a blogueira Yoani Sánchez começou
pelo Brasil uma viagem a nove outros países. Tem um recado na ponta da língua:
quer democracia para Cuba.
A que tipo de democracia ela se refere não
fica bem claro. Seria, por exemplo, o regime que os americanos implantaram no
Iraque, com George W. Bush e Barack Obama? Ou, antes, na década de 1980,
naquela que resultou da invasão a outra ilha caribenha, Granada, sob os mariners
de Ronald Regan? Talvez a democracia que vigore na vizinha Jamaica, que ostenta
na capital Kingston a considerada maior favela do mundo, Trenchtown? Ou a
democracia como a monitorada no Líbano, onde qualquer um pode vencer as
eleições sem protestos, à exceção do Hizbollah, preferido da maioria? A
democracia imposta à Palestina? Quem sabe democracias como as existentes nos
países africanos, entregues à própria sorte?”
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