terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Folha quer cortar o pescoço do povo

Capa do jornal Folha de São Paulo
No curso de direito, quando se estuda a Constituição, um dos primeiros princípios abordados diz respeito à independência e harmonia entre os poderes. Subordinação, como quer a Folha, é regra gramatical, não constitucional. Não se aplica quando se trata da tripartição dos poderes, na clássica elaboração de Montesquieu. Está lá, logo no início da Constituição, no art. 2º da Constituição Federal de 1988, que são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Como diria o pintor Apeles, “que o sapateiro não vá além das sandálias”. Quem interpreta quer saber mais do quem fez a Constituição?! O Congresso é a voz povo; o Supremo, hoje, do PIG!
Parece mentira, mas o art. 2º é pequeno, de clareza meridiana, o que causa perplexidade a matéria de capa da Folha:
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
A imagem escolhida pela Folha é uma metáfora que traduz também com clareza o propósito, intenção ou desejo dos golpistas: cortar o pescoço do Congresso, e, por extensão, na garganta do povo.
Para a Folha, independência e harmonia virou desobediência.
No Ficha Corrida

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