Minas247 - O
presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Marcus Pestana,
acredita que a declaração da inconstitucionalidade das doações de
empresas privadas produzirá para 2014 dois cenários possíveis: “Ou vai
ser um colapso – paralisar a campanha porque ninguém vai ter dinheiro
para fazer – ou vai ser um festival de caixa dois. As doações de
empresas vão acontecer e não vão ser declaradas”.
O Supremo Tribunal Federal (STF) finaliza nos próximos dias o julgamento
de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta pelo
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que pede que as
empresas privadas sejam impedidas de doar recursos para campanhas e
partidos políticos. Até o momento, os ministros Joaquim Barbosa, Luiz
Fux, Dias Toffoli e Roberto Barroso votaram a favor da
inconstitucionalidade
Pestana, braço direito do senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), disse ao jornal O Tempo, de Belo Horizonte (
aqui),
que, se houver a mudança, que seja para as eleições de 2016. Ele
pondera, no entanto, que é o Congresso que tem que definir as reformas
no sistema eleitoral do país. “É um assunto típico para o Congresso, não
para o Judiciário. Há uma Proposta de Emenda à Constituição que trata
do tema com vistas a 2018. É uma temeridade fazer isso para o ano que
vem”, disse ao jornal mineiro.
As declarações de Pestana se somam às do presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN), que demonstrou a mesma preocupação em
entrevista publicada pela Folha no sábado (15). Alves foi contundente ao
afirmar que o Supremo mais uma vez invade atribuições do Congresso,
criticou o que qualifica de julgamento para a plateia e rebateu críticas
do presidente da corte, Joaquim Barbosa. O parlamentar chegou a fazer
uma ameaça ao ministro julgador: “É preciso lembrar que foi esse mesmo
Congresso que aprovou a indicação do nome de Joaquim Barbosa para ocupar
uma cadeira de ministro do Supremo.” Leia mais em
"Em defesa de doações, Alves ameaça Barbosa".
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