segunda-feira, 14 de abril de 2014

Atenção: a Globo não quer que você vote em Dilma

"O encontro fora da agenda entre a presidente Dilma Rousseff e João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, na semana que passou, alimentou rumores sobre um possível armistício entre o grupo de mídia e o Palácio do Planalto; ledo engano: neste fim de semana, editorial da revista Época, assinado pelo jornalista Helio Gurovitz, compara a situação brasileira à das pragas que se abateram sobre o Egito; só desgraça, tragédia, desalento; a revista pede ainda que o eleitor escolha melhor agora em 2014

Brasil 247

Na última terça-feira, um encontro fora da agenda, noticiado em primeira mão pelo 247 (leia aqui), agitou os meios políticos. João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, empresa recentemente autuada pela Receita Federal, foi recebido pela presidente Dilma Rousseff. Dois dias depois, circulou a versão de que Dilma teria questionado João Roberto sobre o noticiário carregado da emissora, do seu jornal O Globo e também da revista Época, que pertence ao grupo (relembre aqui).

Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania e colunista do 247, foi o primeiro a notar que, se algum pedido aconteceu, ele não foi atendido (leia aqui sua coluna). E se havia ainda alguma ponta de dúvida sobre a postura da Globo, a resposta veio no editorial da revista Época deste fim de semana, assinado pelo jornalista Helio Gurovitz. Segundo ele, a tragédia que se abate neste momento sobre o Brasil – um país com pleno emprego e mais de US$ 350 bilhões em reservas – é comparável às pragas do Egito.

 "Um clima de desencanto se espalhou pelo país com a enxurrada de más notícias que se abatem sobre o país, como as pragas do Egito. Alta na inflação, falta d'água, risco de apagão, atraso nas obras da Copa, intervenção na Olimpíada, corrupção na Petrobras e em tantas outras esferas de governo – a situação realmente não está fácil", diz ele, no mesmo editorial, em que sugere que, com o voto, o eleitor mude os rumos de um país em situação tão trágica e desesperadora.

Provavelmente, o país em que você vive não é o mesmo retratado pela revista. Mas o editorial dos Marinho pode ser resumido de forma mais simples. Atenção, eleitor, a Globo não quer que você vote em Dilma."

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