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Saraiva
Demissão de Neschling motiva cartas de protesto nos jornais
Fórum de leitores do jornal O Estado de São Paulo
A DEMISSÃO DO MAESTRO
Confesso que estou seriamente preocupado com a forma e as razões da demissão do maestro Neschling: por e-mail e sua entrevista ao Estado publicada em 9/12. Sou consumidor habitual de música clássica desde 1954, o que não sei é quantos membros do Conselho de Administração da Fundação Osesp o são - certamente seu presidente não é, fato que absolutamente não o impede de exercer essa função administrativa. Entretanto, é importante recordar que a atual Osesp é a primeira orquestra do Brasil a atingir níveis internacionais de qualidade, capaz de tocar todo o repertório da música clássica. Nenhuma outra chegou a esse patamar, nem mesmo a Orquestra Sinfônica Brasileira nos tempos do saudoso maestro Eleazar de Carvalho. Sem dúvida, John Neschling foi essencial na criação desta dádiva ao povo brasileiro e tem de ser reconhecido e respeitado por isso. Sua pretensão de participar da escolha do novo maestro titular é legítima e deveria ter sido acolhida pelo conselho, mesmo com todas as dificuldades de convivência. O êxito da Osesp não depende de convivências agradáveis nem de arranjos políticos, mas de competência musical e de liderança. Os modelos não são regentes que não incomodam, porém os Karajans e Bernsteins, com que o conselho teria bem maiores dores de cabeça do que com Neschling! O público amante da música esperou mais de um século para ouvir uma excelente orquestra e ficará muito decepcionado se em poucos meses ou anos for destruída.
György Miklós Böhm, professor emérito da USP, gyorgybohm@terra.com.br
São Paulo
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Vá lá, o maestro não poderia ser mesmo eterno e foi ele que começou o tiroteio. Mas essa mistura de política e arte não costuma dar certo. Temo pela Osesp, de que sou assinante desde que isso se tornou possível. Manifesto o meu respeito pelo maestro John Neschling. Sem ele a orquestra não teria chegado aonde chegou.
Paulo Reali Nunes, reali@mp.sp.gov.br
São Paulo
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O sr. Fernando Henrique Cardoso e equipe ofendem profundamente os maestros brasileiros contratando um estrangeiro para dirigir a Osesp. Temos maestros no Brasil tão bons ou melhores, com diplomas do exterior e de grande competência. Sugiro-lhes buscarem também nos EUA, na Europa ou na China alguém mais preparado do que eles para governar São Paulo e o Brasil. Se nossos políticos administrassem o País como John Neschling administrou a Osesp, o Brasil estaria bem melhor.
Leniza Castello Branco, leniza@castellobranco.com
São Paulo
PAINEL DO LEITOR - FOLHA DE SÃO PAULO
Osesp“Lamento profundamente a saída repentina do maestro John Neschling da Direção Artística da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Poucas vezes, na música brasileira, um homem juntou tanta competência e arte a uma profunda capacidade de realização. Mesmo sabendo que ninguém fica eternamente num cargo como aquele, a saída de Neschling representa uma grande perda para a Osesp.”RICARDO TACUCHIAN , maestro (São Paulo, SP)Postado por Luis Favre5 comentários Tags: cartas, FHC, governo SP, João Sayad, John Neschling, Jornais, José Serra, Neschling, orquestra, OSESP Voltar para o início
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