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Saraiva
Brasil sai prestigiado. G-20 encampa propostas brasileiras
Brasil sai prestigiado.G-20 encampa propostas brasileiras.
Decisão fortalece a credibilidade do país no exteriorVicente Nunes e Ricardo AllanDa equipe do Correio BraziliensePara Meirelles, do BC, o G-20 deu mais espaço aos países emergentes nas discussões globais.O Brasil saiu como protagonista da reunião do G-20, grupo que reúne os 20 países mais ricos do planeta. Se antes do encontro havia muita desconfiança na capacidade de o país influir nas decisões, o que se viu depois do anúncio das medidas foi que boa parte das propostas brasileiras foram encampadas. Entre elas, a punição aos paraísos fiscais e a maior regulamentação do sistema financeiro mundial. “O Brasil mudou de patamar. Entrou para o centro das decisões mundiais”, disse o economista Eduardo Collor, da Ativa Corretora.Na avaliação de Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial do Fundação Getulio Vargas (FGV), a imagem e a credibilidade do Brasil saíram muito fortalecidas do encontro realizado em Londres. “O Brasil tem sido o exemplo de país emergente que está gerenciando a crise com responsabilidade macroeconômica, sem cair na armadilha do protecionismo nem no canto da sereia do populismo”, afirmou. “E isso tudo foi magnificado pela figura do presidente Lula, que mostrou, mais uma vez, o seu carisma. Mostrou para o mundo que é popular sem ser populista, o que é raro na América Latina”, completou.Para Langoni, a figura de Lula cresce num momento em que há uma terrível escassez de líderes no mundo. “Não deixa de ser muito interessante o que aconteceu. O Brasil era cliente preferencial do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, agora, vai ser um dos principais atores no fundo e vai participar da sua capitalização”, destacou. A seu ver, o Brasil terá um papel muito importante na regulamentação do sistema financeiro internacional por causa das suas regras prudenciais e sua experiência com o Proer, o Programa de Reestruturação do Sistema Financeiro, que evitou o colapso do mercado bancário brasileiro com o fim da hiperinflação.Voos altos“Tudo isso credencia o Brasil a dar voos mais altos, principalmente em direção a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU”, assinalou Langoni. “Mas também dá mais responsabilidade ao país, que terá que contribuir com a solução dos problemas do mundo”, acrescentou. Essa mesma avaliação foi feita por Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios. “O fato de ter um sistema financeiro sólido num momento em que os maiores bancos do mundo ruíram, dá muito respeito ao país”, assinalou.Na visão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o G-20 marcou “uma nova definição do poder mundial”, com a maior presença dos países emergentes nas discussões globais, entre eles o Brasil e a China. “Hoje, não se pode mais pensar em discussões macroeconômicas sem a presença da China”, disse. Meirelles afirmou ainda que a imposição de regras mais rígidas para o sistema financeiro mundial será fundamental para que a economia evite uma retração como a vivenciada atualmente.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às Sexta-feira, Abril 03, 2009 0 comentários Links para esta postagem
Brasil sai prestigiado.G-20 encampa propostas brasileiras.
Decisão fortalece a credibilidade do país no exteriorVicente Nunes e Ricardo AllanDa equipe do Correio BraziliensePara Meirelles, do BC, o G-20 deu mais espaço aos países emergentes nas discussões globais.O Brasil saiu como protagonista da reunião do G-20, grupo que reúne os 20 países mais ricos do planeta. Se antes do encontro havia muita desconfiança na capacidade de o país influir nas decisões, o que se viu depois do anúncio das medidas foi que boa parte das propostas brasileiras foram encampadas. Entre elas, a punição aos paraísos fiscais e a maior regulamentação do sistema financeiro mundial. “O Brasil mudou de patamar. Entrou para o centro das decisões mundiais”, disse o economista Eduardo Collor, da Ativa Corretora.Na avaliação de Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e diretor do Centro de Economia Mundial do Fundação Getulio Vargas (FGV), a imagem e a credibilidade do Brasil saíram muito fortalecidas do encontro realizado em Londres. “O Brasil tem sido o exemplo de país emergente que está gerenciando a crise com responsabilidade macroeconômica, sem cair na armadilha do protecionismo nem no canto da sereia do populismo”, afirmou. “E isso tudo foi magnificado pela figura do presidente Lula, que mostrou, mais uma vez, o seu carisma. Mostrou para o mundo que é popular sem ser populista, o que é raro na América Latina”, completou.Para Langoni, a figura de Lula cresce num momento em que há uma terrível escassez de líderes no mundo. “Não deixa de ser muito interessante o que aconteceu. O Brasil era cliente preferencial do Fundo Monetário Internacional (FMI) e, agora, vai ser um dos principais atores no fundo e vai participar da sua capitalização”, destacou. A seu ver, o Brasil terá um papel muito importante na regulamentação do sistema financeiro internacional por causa das suas regras prudenciais e sua experiência com o Proer, o Programa de Reestruturação do Sistema Financeiro, que evitou o colapso do mercado bancário brasileiro com o fim da hiperinflação.Voos altos“Tudo isso credencia o Brasil a dar voos mais altos, principalmente em direção a uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU”, assinalou Langoni. “Mas também dá mais responsabilidade ao país, que terá que contribuir com a solução dos problemas do mundo”, acrescentou. Essa mesma avaliação foi feita por Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios. “O fato de ter um sistema financeiro sólido num momento em que os maiores bancos do mundo ruíram, dá muito respeito ao país”, assinalou.Na visão do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o G-20 marcou “uma nova definição do poder mundial”, com a maior presença dos países emergentes nas discussões globais, entre eles o Brasil e a China. “Hoje, não se pode mais pensar em discussões macroeconômicas sem a presença da China”, disse. Meirelles afirmou ainda que a imposição de regras mais rígidas para o sistema financeiro mundial será fundamental para que a economia evite uma retração como a vivenciada atualmente.
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