Matéria copiada do Blog INTERESSE NACIONAL, do Amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.
Visitem sempre este Blog.
Obrigado.
Saraiva
O PT de volta às origens
O encontro nacional do PT no Rio deu mostras da profunda consciência das tarefas partidárias para responder à continuação do governo Lula. A legenda tem noção da perda da juventude, bem como da tarefa de voltar a ser partido de massas e de nítida presença no poder. Mas, sobretudo, o que importa é fortalecer a alternativa de mudança que representa, frente ao pântano do aliancismo.A sideração, por Lula, dos prefeitos recém eleitos, só amplia a tentação do ganho de maiorias, tão decisivas quanto difusas, no novo percurso eleitoral. O importante é caracterizar-se a distinção entre a proposta petista e a social democracia, na promessa da volta tucana em 2002.O seminário não perdeu tempo em estabelecer essas linhas divisórias, centradas na dominância do papel do Estado no comando da economia da mudança; no caráter estrutural que representa a redistribuição de renda já e de seu complemento pelo acesso imediato aos serviços sociais, na expansão maciça da saúde e da educação. Pouco saiu do papel o projeto das parcerias públicas e privadas. Mas é por elas que o futuro, a longo prazo, do PT, distingue-se das formas de privatização, disfarçadas ou ostensivas, que caracterizaram o tucanato.Divisou-se, no encontro, o risco da quebra da frente sindical, expresso pela desfiliação da Contag, requestionando os pressupostos da fidelidade do aparelho do proletariado ao atual situacionismo. No fundo de toda polêmica levanta-se o contraste entre os 70% da popularidade do presidente contra, praticamente, a metade do percentual estrito no apoio ao partido. E de imediato pergunta-se se a nova demanda de 300 mil possíveis filiados à legenda traduz, apenas, a inércia do que estava aí, ou se, no rigor novo de uma adesão, responde ao fortalecimento ideológico do impulso decidido à mudança do país.Uma escola de formação partidária vai à pauta das novas prioridades, na busca de uma verdadeira esquerda para o Brasil, resistindo a todos os enleios do aliancismo, que caracteriza a maioria, agora, do governo no Congresso. Claro que todo adensar de pensamento enfrenta a crise global, e as possíveis contradições entre a conjuntura lá fora – e a especial do Brasil – sua tônica de mercado interno, sua relativa independência das exportações; o comportamento dos setores marginalizados trazidos ao mercado pelo Bolsa Família. Cogita-se de como é possível afastá-los da propensão consumista de sempre e definir uma condição de bem estar, nascida da educação e saúde a que se soma um novo plano de habitação popular.O encontro salientou ainda que o aliancismo corre o risco de convívio com o centro pastoso do PMDB. Mas a aposta no sucesso objetivo do PAC, e de como seus resultados já dão outro rumo às prefeituras empurradas pelo sucesso descentralizador deste fim do segundo mandato. Desponta, sobretudo, a objetividade com que a ministra Dilma divisou essas certezas, não só na força dos números do Plano de Aceleração de Crescimento, mas, sobretudo, das reservas que soubemos criar para atenuar a crise externa, desde os montantes de nosso superávit, até as dinamizações das nossas reservas bancárias privadas.A perspectiva geral petista desceu do deslumbramento no poder e, sobretudo, das vitórias a todo custo. Sabe sobretudo por onde avançam, agora, seus novos trunfos, desde a trazida da mulher ao poder na sucessão de Lula até a discussão detalhada do que seja a quota de esforço e de melhorias tangíveis, em que fará frente ao projeto tucano, consciente também da força mediática que este último cercará. O PT que sai da convenção do Rio não é nostálgico nem triunfalista. E sabe da dureza e urgência com que se debruça sobre o novo projeto. E, a esse, Dilma traz a serenidade e os números em dia, no polo oposto de todo "já ganhou" e do estrito carisma do homem no Planalto.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 11:32 0 comentários
Marcadores: construindo um novo Brasil, Partido dos Trabalhaodes_PT
O encontro nacional do PT no Rio deu mostras da profunda consciência das tarefas partidárias para responder à continuação do governo Lula. A legenda tem noção da perda da juventude, bem como da tarefa de voltar a ser partido de massas e de nítida presença no poder. Mas, sobretudo, o que importa é fortalecer a alternativa de mudança que representa, frente ao pântano do aliancismo.A sideração, por Lula, dos prefeitos recém eleitos, só amplia a tentação do ganho de maiorias, tão decisivas quanto difusas, no novo percurso eleitoral. O importante é caracterizar-se a distinção entre a proposta petista e a social democracia, na promessa da volta tucana em 2002.O seminário não perdeu tempo em estabelecer essas linhas divisórias, centradas na dominância do papel do Estado no comando da economia da mudança; no caráter estrutural que representa a redistribuição de renda já e de seu complemento pelo acesso imediato aos serviços sociais, na expansão maciça da saúde e da educação. Pouco saiu do papel o projeto das parcerias públicas e privadas. Mas é por elas que o futuro, a longo prazo, do PT, distingue-se das formas de privatização, disfarçadas ou ostensivas, que caracterizaram o tucanato.Divisou-se, no encontro, o risco da quebra da frente sindical, expresso pela desfiliação da Contag, requestionando os pressupostos da fidelidade do aparelho do proletariado ao atual situacionismo. No fundo de toda polêmica levanta-se o contraste entre os 70% da popularidade do presidente contra, praticamente, a metade do percentual estrito no apoio ao partido. E de imediato pergunta-se se a nova demanda de 300 mil possíveis filiados à legenda traduz, apenas, a inércia do que estava aí, ou se, no rigor novo de uma adesão, responde ao fortalecimento ideológico do impulso decidido à mudança do país.Uma escola de formação partidária vai à pauta das novas prioridades, na busca de uma verdadeira esquerda para o Brasil, resistindo a todos os enleios do aliancismo, que caracteriza a maioria, agora, do governo no Congresso. Claro que todo adensar de pensamento enfrenta a crise global, e as possíveis contradições entre a conjuntura lá fora – e a especial do Brasil – sua tônica de mercado interno, sua relativa independência das exportações; o comportamento dos setores marginalizados trazidos ao mercado pelo Bolsa Família. Cogita-se de como é possível afastá-los da propensão consumista de sempre e definir uma condição de bem estar, nascida da educação e saúde a que se soma um novo plano de habitação popular.O encontro salientou ainda que o aliancismo corre o risco de convívio com o centro pastoso do PMDB. Mas a aposta no sucesso objetivo do PAC, e de como seus resultados já dão outro rumo às prefeituras empurradas pelo sucesso descentralizador deste fim do segundo mandato. Desponta, sobretudo, a objetividade com que a ministra Dilma divisou essas certezas, não só na força dos números do Plano de Aceleração de Crescimento, mas, sobretudo, das reservas que soubemos criar para atenuar a crise externa, desde os montantes de nosso superávit, até as dinamizações das nossas reservas bancárias privadas.A perspectiva geral petista desceu do deslumbramento no poder e, sobretudo, das vitórias a todo custo. Sabe sobretudo por onde avançam, agora, seus novos trunfos, desde a trazida da mulher ao poder na sucessão de Lula até a discussão detalhada do que seja a quota de esforço e de melhorias tangíveis, em que fará frente ao projeto tucano, consciente também da força mediática que este último cercará. O PT que sai da convenção do Rio não é nostálgico nem triunfalista. E sabe da dureza e urgência com que se debruça sobre o novo projeto. E, a esse, Dilma traz a serenidade e os números em dia, no polo oposto de todo "já ganhou" e do estrito carisma do homem no Planalto.
Postado por Espaço Democrático de Debates às 11:32 0 comentários
Marcadores: construindo um novo Brasil, Partido dos Trabalhaodes_PT
Nenhum comentário:
Postar um comentário