quarta-feira, 16 de março de 2011

Dilma no programa da Hebe

Dilma ganhou mais do que Hebe ao ir ao programa dela.

O irmão da ministra Ana de Holanda tem uma música chamada Jorge Maravilha que num certo trecho diz: “você não gosta de mim, mas sua filha gosta”.

Quando era adolescente ouvia dizer que a música havia sido feita para a filha do Geisel. Que tinha sido namorada dele e que era apaixonada pelos olhos verdes do poeta-músico.

Havia naquele meio dos anos 80 quem já dissesse que o irmão de Ana não confirmava a história, mas eu não abria mão de acreditar na versão. Achava-a muito boa para não ser verdade.

Hoje já me conformei depois de ler algumas vezes, como nesta entrevista, que a motivação foi outra. Sempre que o autor de Cálice ia ao Dops para ser interrogado, ao final os investigadores pediam autógrafos. Claro que pras filhas.

Hoje ao ver Hebe desfilando com Dilma no Palácio do Planalto, agradeci por não ter sido eu o entrevistado da apresentadora.

Simplesmente porque perderia os direitos de herança do patrimônio que dona Clotilde administra com mãos de ferro na gloriosa Praia Grande (cidade onde se encontram as praias mais freqüentadas do litoral brasileiro), se não saísse do encontro com, no mínimo, um autógrafo de Hebe.

Cá entre nós, diferente da visita a Folha no aniversário do jornal, acho que Dilma sai maior do que entrou desta participação no programa de estréia de Hebe na Rede TV. Assisti o dito cujo depois de ser informado pela minha progenitora “acontecimento”.

Ela se humanizou para um segmento importante da população brasileira. Principalmente para aquele que se localiza na classe média e tem mais do que 50 anos.

Dialogar com esse segmento, que é bastante conservador, é necessário. Diria que é fundamental.

E Dilma não me parece ter mudado de opinião, nem se tornado menos ou mais de esquerda por conta disso.

Ao contrário, quem parece ter mudado de opinião foi Hebe. Que rasgou elogios a nova presidenta.

Um governante precisa ter conexão com formadores de opinião nos setores populares.

E até Lula tinha.

Ou os amigos já se esqueceram da relação que o ex-presidente cultivava com Ratinho e Datena.

Fonte: Blog do Rovái.

Um comentário:

Carmen Regina Dias disse...

Ela se humanizou para um segmento importante da população brasileira. Principalmente para aquele que se localiza na classe média e tem mais do que 50 anos.

Bravo! É isso aí.

E compartilho cada palavra que tu escreveste aqui, Saraiva. Todas elas.

agradecida.