Em 2008, o ministro Gilmar Mendes chamou o presidente Lula "às falas", a
partir de uma reportagem da Veja que afirmava que ele e o senador
Demócrita - quer dizer, Demóstenes - estavam sendo grampeados, porque o
governo estava criando um "estado policialesco". Não provou nada. Foi
apenas bravata. Mas criou uma tremenda crise, que gerou demissões na PF e
na Abin. Investigações provaram que não houve grampo algum. E ficou por
isso mesmo.
Agora, talvez animado pela impunidade (pois a impunidade gera a repetição do comportamento), Gilmar Mendes pisa ainda mais fundo nas acusações, desta vez nominando o ex-presidente Lula, como o homem que espalharia boatos contra ele, mas visando (como todo megalomaníaco) atingir a instituição da qual ele é um dos onze membros - não mais o presidente, como em 2008.
Mendes afirma que o objetivo do presidente Lula é atingir o STF, constranger os ministros a adiarem o julgamento do "mensalão". Mas, novamente, não prova coisa nenhuma. Como um tirano, acusa, e acha que só pelo fato de acusar a prova está dada.
Só que desta vez as coisas aconteceram de modo diferente. Gilmar participou de um encontro com mais duas pessoas - Lula e o ex-ministro Jobim. As duas negaram o que ele afirma. Ele também negou, quando foi entrevistado e questionado objetivamente. No entanto, agora, partiu novamente para o ataque, e a mídia corporativa abriu manchete para suas declarações.
O Globo, por exemplo (ah, O Globo, que sempre esteve na contramão do Brasil, ao longo da história. Cotas, ProUni, Getúlio, Lula) deu destaque a uma fala de Mendes: "Brasil não é Venezuela, onde Chávez prende juiz". Adiante, deu uma página inteira para Gilmar destilar ódio, ressentimento, e soltar bravatas.
Em primeiro lugar: Pena que o Brasil não seja a Venezuela, nesse caso de prender juízes. O único de que me recordo aqui foi o do famoso juiz Lalau, que roubou milhões e milhões e ficou em prisão domiciliar. Aos demais juízes do Brasil, como vem denunciando a brava Eliana Calmon, o máximo que acontece, quando flagrados em "malfeitos" é serem aposentados compulsoriamente, com salário integral Isso é punição ou prêmio?
Mas, é bom lembrar ao ministro, que, se o Brasil não é a Venezuela, também não é Diamantino, a cidade natal do coroné travestido de ministro (para me livrar de ser processado por ele, afirmo, usando de sua expertise (ou esperteza), que isso eu "ouvi de jornalistas", como ele afirmou nas acusações a Lula...).
Gilmar tem que ser chamado às falas para que prove tudo o que afirma. Ou seja processado e seu pedido de impeachment seja colocado em pauta.
Não é de hoje que o coronel de Diamantino tem inúmeras questões em aberto (algumas eu enumerei aqui em Gilmar Mendes acusa Lula de pressão para adiar o julgamento do mensalão. Ou a falta que faz um par de algemas).
Não sei se o presidente Lula, não sei se o PT, se algum congressista ou advogado, mas alguém tem que chamar Gilmar Mendes às falas, notificar o ministro para que ele venha a público e prove o que diz, ou que seja processado, julgado e condenado pelos artigos que tenha violado. Para que o Brasil, que ainda tem muito de Diamantino, mostre que também pode ter um pouco de Venezuela, onde juiz culpado também vai para a cadeia.
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Agora, talvez animado pela impunidade (pois a impunidade gera a repetição do comportamento), Gilmar Mendes pisa ainda mais fundo nas acusações, desta vez nominando o ex-presidente Lula, como o homem que espalharia boatos contra ele, mas visando (como todo megalomaníaco) atingir a instituição da qual ele é um dos onze membros - não mais o presidente, como em 2008.
Mendes afirma que o objetivo do presidente Lula é atingir o STF, constranger os ministros a adiarem o julgamento do "mensalão". Mas, novamente, não prova coisa nenhuma. Como um tirano, acusa, e acha que só pelo fato de acusar a prova está dada.
Só que desta vez as coisas aconteceram de modo diferente. Gilmar participou de um encontro com mais duas pessoas - Lula e o ex-ministro Jobim. As duas negaram o que ele afirma. Ele também negou, quando foi entrevistado e questionado objetivamente. No entanto, agora, partiu novamente para o ataque, e a mídia corporativa abriu manchete para suas declarações.
O Globo, por exemplo (ah, O Globo, que sempre esteve na contramão do Brasil, ao longo da história. Cotas, ProUni, Getúlio, Lula) deu destaque a uma fala de Mendes: "Brasil não é Venezuela, onde Chávez prende juiz". Adiante, deu uma página inteira para Gilmar destilar ódio, ressentimento, e soltar bravatas.
Em primeiro lugar: Pena que o Brasil não seja a Venezuela, nesse caso de prender juízes. O único de que me recordo aqui foi o do famoso juiz Lalau, que roubou milhões e milhões e ficou em prisão domiciliar. Aos demais juízes do Brasil, como vem denunciando a brava Eliana Calmon, o máximo que acontece, quando flagrados em "malfeitos" é serem aposentados compulsoriamente, com salário integral Isso é punição ou prêmio?
Mas, é bom lembrar ao ministro, que, se o Brasil não é a Venezuela, também não é Diamantino, a cidade natal do coroné travestido de ministro (para me livrar de ser processado por ele, afirmo, usando de sua expertise (ou esperteza), que isso eu "ouvi de jornalistas", como ele afirmou nas acusações a Lula...).
Gilmar tem que ser chamado às falas para que prove tudo o que afirma. Ou seja processado e seu pedido de impeachment seja colocado em pauta.
Não é de hoje que o coronel de Diamantino tem inúmeras questões em aberto (algumas eu enumerei aqui em Gilmar Mendes acusa Lula de pressão para adiar o julgamento do mensalão. Ou a falta que faz um par de algemas).
Não sei se o presidente Lula, não sei se o PT, se algum congressista ou advogado, mas alguém tem que chamar Gilmar Mendes às falas, notificar o ministro para que ele venha a público e prove o que diz, ou que seja processado, julgado e condenado pelos artigos que tenha violado. Para que o Brasil, que ainda tem muito de Diamantino, mostre que também pode ter um pouco de Venezuela, onde juiz culpado também vai para a cadeia.
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