Wálter Fanganiello Maierovitch, CartaCapital
“Numa linguagem futebolística, tão a gosto
do ex-presidente Lula, pode-se concluir ter o jogo terminado 2×1.
O desmentido de Lula encontra apoio no
testemunho de Nelson Jobim, único presente ao encontro. A propósito, um
encontro ocorrido, a pedido de Lula, no escritório de Jobim, no dia 26 de abril
deste ano.
O ministro Gilmar Mendes, além de a sua
versão ter ficado isolada, conta com a desvantagem de ter esperado um mês
para denunciar, pela imprensa, a “pressão” e a “chantagem” que atribuiu ao
presidente Lula. O perfil mercurial de Mendes, que é bem conhecido, não se
adéqua a um mês de espera.
Segundo Mendes declarou à revista Veja e
confirmou em entrevistas, Lula teria ofertado-lhe “blindagem” na Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura o escândalo
Cachoeira-Demóstenes-Delta. O motivo da proteção na CPMI teria sido o
financiamento feito por Cachoeira de uma viagem a Berlim feita por Mendes em
companhia de Demóstenes.
É inexplicável não tenha Mendes, diante da
supracitada “chantagem” (na última entrevista Mendes usa o termo
“insinuações”), levado o fato, por ser criminoso, ao conhecimento
imediato de seus pares e da Procuradoria-Geral da República.
Antes de ingressar no Supremo Tribunal
Federal (STF), Mendes era membro do Ministério Público Federal, cujo chefe
institucional é o procurador-geral da República. Ou seja, Mendes conhece bem o
mecanismo a ser acionado para encaminhamento de uma “notitia criminis”.
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