A CPI do Cachoeira convocou nesta quinta-feira 5 a prestar depoimento o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) e ligado ao PSDB paulista. A convocação foi aprovada no mesmo bloco de requerimentos para a convocação do ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish, e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) Luiz Antonio Pagot.
Essas convocações foram aprovadas por unanimidade, mas a convocação de Paulo Preto gerou polêmica. Durante a reunião, ao se depararem com o pedido de convocação de Paulo Preto no bloco de requerimentos, os deputados e senadores do PSDB exigiram a votação do requerimento para a convocação do deputado José de Filippi Júnior (PT-SP), tesoureiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff – o que foi rejeitada, por 17 votos a 10.
Paulo Preto ganhou notoriedade depois que a então candidata do PT em 2010 à Presidência da República, Dilma Rousseff, durante o debate da Rede Bandeirantes citou o desvio de 4 milhões de reais do caixa de campanha de José Serra. O dinheiro teria sido arrecadado por Paulo Preto em empreiteiras e depois desaparecido.
Além disso, a comissão decidiu convocar a ex-mulher de Cachoeira Andréa Aprígio e dos empresários José Augusto Quintella e Romênio Marcelino Machado.
Na mesma sessão foi aprovado o convite para o juiz federal Paulo Moreira Lima a prestar esclarecimentos sobre o caso (ele não tem a obrigação de comparecer). Ele era o responsável pela ação penal que apura a suposta organização criminosa liderada por Carlinhos Cachoeira.
Foi ele quem autorizou as escutas telefônicas que serviram de base para as investigações da Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo.
No último dia 13 de junho, Moreira Lima pediu afastamento do processo alegando sofrer ameaças. O juiz Alderico Rocha Santos assumiu o processo.
Com informações da Agência Brasil
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