Obrador, líder da esquerda mexicana, foi vencido mais uma vez, em um novo ambiente suspeito de violações do pleito, assim como ocorreu em 2006.
Pode parecer tese conspiratória, mas o golpe que destituiu Lugo no Paraguai e a eleição vencida no México por um candidato fabricado para aparecer bem na mídia em meio a denúncias de fraudes, parecem se encaixar em uma força tarefa norte americana para rearranjar as forças políticas no continente, que sejam menos hostis aos planos de Washington.
“Persistem rumores de que Oviedo, hoje eleito senador e líder do partido Unace [União Nacional de Cidadãos Éticos], e o ‘desacreditado’ ex-presidente Nicanor Duarte Frutos estão trabalhando juntos para assumir o poder por vias (quase) legais caso o presidente Lugo caia nos próximos meses. Seus objetivos comuns: capitalizar qualquer erro de Lugo que resulte na quebra da aliança política no Congresso, submeter Lugo a um impeachment e assegurar a supremacia política”.
O que acabou se confirmando quase um ano depois, sob a aprovação silenciosa da administração de Barack Obama e de sua Secretária de Estado, Hillary Clinton.
Confira matéia do Opera Mundi sobre a vitória de Peña Nieto, no México:
Não haverá retorno ao passado, diz Peña Nieto após anunciar vitória no México
O candidato do PRI disse ser o novo presidente mesmo sem a conclusão da contagem dos votos e as denúncias de fraudes
O candidato do PRI (Partido Revolucionário Institucional), Enrique Peña Nieto, declarou-se vitorioso nas eleições presidenciais no México com base em uma amostragem conhecida como contagem rápida dos votos. Em discurso na capital, o ex-governador do Estado México garantiu que "não haverá retorno ao passado", em referência indireta ao movimento estudantil #Yosoy132.
Peña Nieto pediu que as "diferenças e as tensões sejam deixadas de lado" e se comprometeu a encabeçar "uma Presidência moderna, responsável, aberta e crítica" e com "distintas expressões da sociedade". Denúncias de fraudes e irregularidades durante a votação foram feitas por diversas organizações mexicanas, incluindo o #Yosoy132.
O candidato foi cumprimentado pelo presidente mexicano Felipe Calderón, do PAN (Partido Ação Nacional), mas Andrés Manuel López Obrador, do PRD (Partido da Revolução Democrática), recusou-se a fazer qualquer pronunciamento até um anúncio oficial dos resultados da votação.
A contagem rápida – feita com base em uma amostra de 7 mil atas de registros de votos de 143 mil mesas eleitorais – costuma ser um indicador confiável dos resultados das eleições mexicanas. Uma vitória de Peña Nieto levaria o PRI de volta ao poder após 12 anos. O partido governou o México de 1929 a 2000, até a vitória de Vicente Fox, também do PAN, presidente que antecedeu Calderón.
A volta do velho PRI
O PRI é acusado de -- durante os 71 anos em que esteve no poder -- simular eleições em uma aparente democracia. Há também suspeitas de fraudes eleitorais, incluindo repressão e violência contra os eleitores, e a utilização de recursos quando o sistema político não funcionava como o partido pretendia. Em 1990, o escritor peruano Mario Vargas Llosa chamou o governo mexicano, sob o PRI, de uma "ditadura perfeita".
Peña Neto, acompanhado por centenas de seguidores, votou em sua cidade natal de Atlacumulco, no subúrbio da capital mexicana. Impulsionado pela máquina do PRI e favorecido por seu jeito de galã de telenovela, Peña Nieto, advogado de 45 anos, prometeu um "governo eficaz" que proporcione segurança e crescimento econômico, em um país assolado pela violência e pela pobreza, que aflige 47% dos 112 milhões de mexicanos.
Seu principal adversário, López Obrador, ex-prefeito da Cidade do México de 58 anos, que votou no sul da Cidade do México, pediu uma participação massiva: "É a única arma que os cidadãos têm para conseguir a mudança".
O candidato do PRI disse ser o novo presidente mesmo sem a conclusão da contagem dos votos e as denúncias de fraudes
O candidato do PRI (Partido Revolucionário Institucional), Enrique Peña Nieto, declarou-se vitorioso nas eleições presidenciais no México com base em uma amostragem conhecida como contagem rápida dos votos. Em discurso na capital, o ex-governador do Estado México garantiu que "não haverá retorno ao passado", em referência indireta ao movimento estudantil #Yosoy132.
Peña Nieto pediu que as "diferenças e as tensões sejam deixadas de lado" e se comprometeu a encabeçar "uma Presidência moderna, responsável, aberta e crítica" e com "distintas expressões da sociedade". Denúncias de fraudes e irregularidades durante a votação foram feitas por diversas organizações mexicanas, incluindo o #Yosoy132.
O candidato foi cumprimentado pelo presidente mexicano Felipe Calderón, do PAN (Partido Ação Nacional), mas Andrés Manuel López Obrador, do PRD (Partido da Revolução Democrática), recusou-se a fazer qualquer pronunciamento até um anúncio oficial dos resultados da votação.
A contagem rápida – feita com base em uma amostra de 7 mil atas de registros de votos de 143 mil mesas eleitorais – costuma ser um indicador confiável dos resultados das eleições mexicanas. Uma vitória de Peña Nieto levaria o PRI de volta ao poder após 12 anos. O partido governou o México de 1929 a 2000, até a vitória de Vicente Fox, também do PAN, presidente que antecedeu Calderón.
A volta do velho PRI
O PRI é acusado de -- durante os 71 anos em que esteve no poder -- simular eleições em uma aparente democracia. Há também suspeitas de fraudes eleitorais, incluindo repressão e violência contra os eleitores, e a utilização de recursos quando o sistema político não funcionava como o partido pretendia. Em 1990, o escritor peruano Mario Vargas Llosa chamou o governo mexicano, sob o PRI, de uma "ditadura perfeita".
Peña Neto, acompanhado por centenas de seguidores, votou em sua cidade natal de Atlacumulco, no subúrbio da capital mexicana. Impulsionado pela máquina do PRI e favorecido por seu jeito de galã de telenovela, Peña Nieto, advogado de 45 anos, prometeu um "governo eficaz" que proporcione segurança e crescimento econômico, em um país assolado pela violência e pela pobreza, que aflige 47% dos 112 milhões de mexicanos.
Seu principal adversário, López Obrador, ex-prefeito da Cidade do México de 58 anos, que votou no sul da Cidade do México, pediu uma participação massiva: "É a única arma que os cidadãos têm para conseguir a mudança".
Marina Terra / Opera Mundi
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