A presidenta Dilma Rousseff levantou o público de cerca de 5 mil
pessoas que participaram na noite desta quarta-feira (3/10) do Comício
da Virada, na Praça da Febém, no Barreiro. Em quase meia hora de
discurso inflamado, defendeu as qualidades de Patrus, de quem foi colega
durante o governo Lula, e assegurou que ele é o melhor candidato porque
respeita e entende as pessoas.
“Governar é mais do que saber de números e tocar obras. Para governar com qualidade, é preciso entender de pessoas, e isso o Patrus
sabe como nenhum outro”, disse Dilma. Na sequência, ela lembrou que é
nascida e criada em Belo Horizonte, e contou, emocionada, que sua
militância política começou exatamente no Barreiro.
“Há 44 anos, eu e o companheiro Nilmário Miranda (ex-ministro de Lula)
pegávamos um ônibus perto da praça Raul Soares e vínhamos panfletar para
os funcionários da Mannesman, que não tinham direito de reclamar dos
salários achatados pela inflação”, lembrou.
A presidenta também criticou as declarações de Aécio Neves, que, ao longo desta semana, a chamou de “estrangeira”. “Sou
nascida e criada em Minas, e é com esse sangue mineiro que corre nas
minhas veias que fui eleita e governo o Brasil. Se em algum momento saí
de Minas é porque tive que sair para lutar contra a ditadura militar”, afirmou, arrancando aplausos da plateia. “Não saí para passear, para ir à praia, mas para lutar por um país melhor.”
Dilma lembrou também que, graças ao programa Bolsa Família, coordenado
por Patrus quando foi ministro do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, o Brasil foi um dos únicos países do mundo capazes de reduzir as
diferenças sociais significativamente. “É graças a isso que o Brasil é
cada vez mais admirado, querido e imitado no mundo inteiro”, destacou.
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