“Como a vitória do tucano em São Paulo hoje parece
ser quase impossível, houve um freio de arrumação tanto no Supremo Tribunal
como nos meios de comunicação; os ministros que, na terça, falam no sintomático
“13” e
faziam comparações com o PCC foram mais contidos; enquanto isso, jornalistas
desistiram de falar sobre eleições, um tema banal
Brasil 247
Para quem assistiu o Jornal Nacional da
última terça-feira, em que 18 minutos foram dedicados ao mensalão, com destaque
para as passagens em
que Marco Aurélio Mello citou a quadrilha formada pelo
“sintomático 13”
e Celso de Mello comparou o partido ao PCC e ao Comando Vermelho, era de se
esperar que, ontem, a toada seguisse no mesmo ritmo.
Nada disso, o que se viu foram ministros
brandos, ponderados, alertando sobre a cautela na fixação de penas (com fez
Marco Aurélio) e, na maioria das vezes, seguindo as posições mais equilibradas
do revisor Ricardo Lewandowski (com fez Celso de Mello). No noticiário do
Jornal Nacional, a reportagem dedicada ao mensalão não citou mais o PT.
E o “clímax” que poderia ter ocorrido
ontem, previsto pela coluna Radar de Veja, que seria a definição das penas de
José Dirceu e José Genoino, ficará para depois de 5 de novembro (após as
eleições, portanto), quando Joaquim Barbosa retornará de um tratamento na
coluna na Alemanha.
O freio de arrumação, aparentemente, decorre
da impossibilidade de que o julgamento tenha qualquer peso maior na eleição
municipal de São Paulo. Segundo dois institutos, Datafolha e Ibope, Fernando
Haddad, do PT, já está praticamente eleito. Sua vantagem nos votos válidos é de
vinte pontos no Datafolha (60% a 40%) e de 14 no Ibope (57% a 43%).”
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