Por Cristiane Agostine | Valor Econômico
Na reta final do segundo turno, a família do candidato do PT à
Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, intensificou agendas de rua
sem a presença do petista. A mulher, Ana Estela, e o filho, Frederico,
têm buscado votos para Haddad em minicomícios, caminhadas e visitas a
grupos organizados.
A poucos dias da eleição, Frederico, de 20 anos, reforçou a campanha na
região central da cidade, onde o PT historicamente enfrenta dificuldade.
Dias antes, participou de eventos na periferia, em bairros como Cidade
Tiradentes e São Miguel Paulista e reuniu-se com integrantes da Liga das
Escolas de Samba.
Frederico é um dos trunfos do PT para tentar atrair os jovens e reduzir
os votos em branco e nulos, que, neste ano, atingiu um alto percentual.
Em São Paulo, a abstenção foi de 18,48% e os votos nulos, 7,35%.
"No começo, as pessoas me perguntavam mais sobre o Bilhete Único Mensal,
mas depois as principais demandas eram na área de saúde e educação",
diz Frederico. "Em todos os lugares falam da falta de creches. Eu
explico que os recursos federais estão disponíveis e foi a prefeitura
que não quis", afirma.
Na manhã de terça-feira, Frederico reuniu-se com catadores de material
reciclável da Cooper Glicério, na região central. Vestido com calça
jeans e camiseta, o jovem de 20 anos mais ouviu do que falou. Frederico
diz não ter, a princípio, pretensões de seguir na carreira política.
A estudante do primeiro ano de Ciências Sociais, Luna Zarattini,
sobrinha de Carlos Zarattini, deputado e um dos integrantes da campanha
petista, acompanhou Frederico no encontro com catadores.
Já Ana Estela focou nas áreas mais distantes do centro. No segundo
turno, participou de um evento para debater a saúde, fez um minicomício
em Parelheiros com a ministra Eleonora Menicucci (Secretaria de Política
para Mulheres) e reuniu-se com a vice da chapa, Nádia Campeão. No
domingo substituiu Haddad em uma carreata na zona norte.
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