“Na rádio CBN, candidato do PT fez o que
adversário José Serra se recusou a fazer: chancelar termo de compromisso de que
não usará o cargo para trampolim político; na véspera, tucano disse que gesto
seria uma "palhaçada"; explica-se: quando assinou igual promessa em
2004, o tucano a descumpriu e marcou sua biografia; "A sua palavra você
não pode jamais quebrar", disse Fernando Haddad
Em entrevista à rádio CBN na manhã desta
quarta-feira, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad,
aceitou a proposta do jornalista Gilberto Dimenstein e assinou um termo de
compromisso que garante sua permanência durante os quatro anos de mandato. "Nao
há nenhuma hipótese de que eu deixa a Prefeitura de São Paulo. Vale a minha
palavra e vale a minha assinatura", disse o candidato.
Haddad disse que não deveria ser necessário
uma assinatura para provar que ele cumprirá seu mandato. "Nós temos que
resgatar a dignidade da política. Não tem cabimento discutir esse tipo de
coisa. A palavra de um político deveria valer". O petista disse que é
"do tempo do fio do bigode" e que quebrar a palavra "é gerar
desconfiança eterna". "A sua palavra você não pode jamais
quebrar", afirmou.
Em 2004, o candidato do PSDB José Serra
chegou a assinar um termo com o mesmo propósito, mas dois anos depois de ter
assumido a Prefeitura deixou o cargo para se candidatar ao governo do Estado. Este
ano, ele declarou que a promessa feita na época era apenas um
"papelzinho". Sobre o episódio, Haddad disse nesta quarta que "a
população tem que punir quem mente sobre isso".
Na terça-feira, também em entrevista à CBN,
o tucano disse que "a coisa do documento virou palhaçada" ao receber
a mesma proposta de Dimenstein. "Na época não tinha nada de mais, mas
depois que a exploração foi feita...", afirmou o tucano, respondendo se
tinha se arrependido da assinatura de 2004. Questionado sobre se via motivos
para deixar a prefeitura mais uma vez, o candidato negou.”
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