"Não posso dirigir o País sem meter o bico em São Paulo"
Brasil 247
A seis dias das eleições de 7 de outubro, a relutância da presidente Dilma Rousseff em mergulhar de cabeça na candidatura de seu ex-ministro Fernando Haddad finalmente foi vencida. Vinda especialmente de Brasília, ela subiu ao palanque, em Itaquera, na periferia Leste de São Paulo, ao lado do ex-presidente Lula, como a atração principal do mais importante comício do candidato do PT até aqui, nesta segunda-feira 1. E não se furtou ao enfrentamento direto com o tucano José Serra, que a provocou, dias atrás, recomendando-lhe não "meter o bico em São Paulo".
Brasil 247
A seis dias das eleições de 7 de outubro, a relutância da presidente Dilma Rousseff em mergulhar de cabeça na candidatura de seu ex-ministro Fernando Haddad finalmente foi vencida. Vinda especialmente de Brasília, ela subiu ao palanque, em Itaquera, na periferia Leste de São Paulo, ao lado do ex-presidente Lula, como a atração principal do mais importante comício do candidato do PT até aqui, nesta segunda-feira 1. E não se furtou ao enfrentamento direto com o tucano José Serra, que a provocou, dias atrás, recomendando-lhe não "meter o bico em São Paulo".
"Não posso dirigir o País sem meter o bico em São Paulo", devolveu
Dilma, para alegria e aplausos da platéia reunida pelo PT. Ela falou por
cerca de quinze minutos. Não poupou elogios ao ex-presidente Lula, que
se manteve todo o tempo ao seu lado. "Lula me deixou uma herança
bendita. Ele fez o melhor governo, isso ninguém pode nos tirar",
completou a presidente. "Gosto muito de estar ao lado do Lula. Se tem um
homem que faz a diferença, é Luiz Inácio Lula da Silva". A seguir,
rasgou elogios ao candidato a prefeito. "Haddad é um companheiro de fé.
Ele melhorou as condições da Educação", assegurou. "Haddad é um
realizador de sonhos". Até mesmo a mulher dele, Ana Estela, ganhou a
atenção da presidente. "É uma mulher especial, uma mulher de fé", disse
Dilma.
A presidente cumpriu à risca com seu papel de tentar estimular a
candidatura de Haddad, com frases sob medida para serem reproduzidas no
programa de televisão do candidato. "O Fernando faz a diferença. Na hora
de votar, vote em quem faz a diferença", exclamou, numa afirmação
pronta e acaba para esta reta final de primeiro turno.
Lula, ao discursar, virou suas baterias para a direção de Serra. "Ele
não quer ser prefeito", disse o ex-presidente, batendo na tecla que mais
acarreta rejeição ao candidato tucano -- a desistência do mandato de
prefeito para concorrer, em 2006, ao cargo de governador de São Paulo.
"Serra não conhece as necessidades do povo da Zona Leste", cravou Lula.
A senadora e ministra Marta Suplicy igualmente deu o ar da graça. "Vocês
acham que há alguma chance de o nosso candidato não emplacar?",
perguntou ela. "Não", respondeu, "não há chance de isso acontecer. Ele
tem o apoio de Lula e Dilma e o melhor programa de governo para a
cidade".
Fernando Haddad, por seu lado, escolheu um flanco do líder das
pesquisas, Celso Russomano, para tentar bater forte. Tratou-se da
proposta feita pelo candidato do PRB de cobrar o bilhete único pela
distância percorrida pelo usuário dentro do coletivo. "Vocês acham que é
justo isso?", perguntou. "O povo da Zona Leste vai ser um dos mais
prejudicados", lembrou, numa referência à grande distância da região em
relação ao centro da cidade. "Russomano não tem proposta", resumiu.
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