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“Investigação feita há mais de um ano
apontou ilegalidades que encareceram em mais de R$ 875 mi reforma de trens das
linhas 1 e 3
O Ministério Público do Estado de São Paulo
divulgou na tarde desta terça-feira, na capital paulista, o relatório de um ano
e meio de investigações que apontam superfaturamento de quase R$ 1 bilhão em
contratos para reforma de trens da Companhia do Metropolitano de São Paulo
(Metrô-SP).
De acordo com o promotor de Defesa do
Patrimônio Público Marcelo Milani, o MP constatou ilegalidades em quatro
contratos iniciais firmados entre 2008 e 2010, durante a gestão do então
governador José Serra (PSDB), para a reforma de 98 trens das linhas 1-azul e
3-vermelha do metrô paulistano. Os quatro, entretanto, foram fracionados em
mais dez, totalizando dez contratos.
Milani afirmou que os R$ 1,622 bilhão do
valor inicial dos quatro contratos saltaram para cerca de R$ 2,5 bilhões graças
ao acréscimo de R$ 875 milhões gerados com o fracionamento em dez contratos. Esse
fracionamento, alegou, é ilegal.
"Isso é um escândalo total, um
prejuízo total aos cofres públicos. Não existe fora de São Paulo outra cidade
em que esses trens sejam reformados", disse o promotor, segundo o qual,
dos 98 trens a serem reformados, "36 estarão parados até ano que vem,
quase um terço da frota".
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