Que falta faz, um JORNAL DO BRASIL forte e impresso, para se colocar
como opção a uma MÍDIA totalmente partidarizada e de "quatro" perante ao
conservadorismo e política econômica elitista. Como nenhum outro jornal
de expressão fez, o JB analisa de forma simples e objetiva a última
pesquisa do DATAFOLHA. E critica, os NETOS, de dois grandes políticos do
passado.
Jornal do Brasil
A pesquisa do Datafolha, com
a inclusão do ministro Joaquim Barbosa, acrescenta uma triste
realidade: os 15% da preferência por ele não saíram do eleitorado da
presidente Dilma Rousseff, que na pesquisa anterior tinha 42% e aumentou
para 47%, mas sim dos outros candidatos que caíram. Joaquim Barbosa
amealha os votos da população que não acredita, não na presidente, mas
na oposição.
Pudera, os netos para o eleitorado, até agora, demonstraram uma falta
de vontade por não terem oferecido nada a eles, a não ser críticas que o
povo, desde o tempo de seus avós, está cansado de ouvir. Um discurso
estudantil, de centro acadêmico, próprio do tempo de seus avós, do tipo
dos que faziam a UDN.
O triste é que seus avós, um coronel do Nordeste – cassado, mas
coronel – fez um governo e em seguida foi derrotado pela oposição.
Enfrentou denúncias de precatórios, mas seu passado não permitiu que o
condenassem. Era um digno homem da reconstrução da democracia
brasileira. O outro neto, também de um velho líder - que sempre lutou do
lado do trabalhismo, mesmo sendo um pessedista – foi dos mais leais
homens de Getúlio Vargas desde os momentos mais difíceis até a sua
morte.
Joaquim Barbosa, com esse um ano de mídia e decisões fortes, de
postura que o Supremo Tribunal Federal não conhecia, pela forma dura e
violenta, até com seus companheiros, não conseguiu atingir o desencanto
que a grande mídia afirma haver do povo contra o Partido dos
Trabalhadores.
Na simulação do Datafolha seria muito importante que tivesse uma
comparação onde Lula e Joaquim Barbosa estivessem juntos. Imagina no
processo de rejeição, Lula exposto esses anos todos, e ainda com o
mensalão, é menos rejeitado do que Joaquim Barbosa. O ex-presidente tem
rejeição de 16% e o ministro chega a 22%. O espanto mesmo é por que de
Aécio Neves ter uma rejeição de um quarto dos eleitores brasileiros?
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