Os Programas sociais do governo Federal são bons. As medidas para
reduzir desigualdades e resgatar certos grupos que se encontravam
excluídos, estão dando muito certo. Menos miseráveis, menos
desempregados, menor número de brasileiros sem a devida assistência do
Estado. Mais crianças nas escolas, mais creches. Maior proteção as
minorias, ou a grupos, social e economicamente mais vulneráveis, são
medidas justas. O PSDB e o DEM, os dois maiores partidos de oposição,
sempre foram contra a tudo isso. Fazem críticas ao BOLSA FAMÍLIA, ao
MAIS MÉDICOS, PROUNI, ENEM, SISTEMA DE COTAS, mas, imitam / copiam tudo
isso no âmbito dos Estados onde são governo.
Geraldo Alckmin vai agora copiar em São Paulo, uma decisão do governo
Dilma, de dar um percentual fixo de vagas no Serviço Publico Federal
para negros e índios.
De olho em 2014, Alckmin adota programas do PT
FOLHA DE SÃO PAULO
FOLHA DE SÃO PAULO
Focado em montar a vitrine de seu governo para a eleição de 2014, o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem anunciado programas
e projetos na mesma linha de medidas já adotadas pelo PT nas esferas
federal e municipal.
Amanhã, o governo paulista deve anunciar que enviará à Assembleia
Legislativa um projeto de lei que prevê benefícios para negros e índios
em concursos do serviço público estadual. Segundo a proposta, os
candidatos receberiam pontuação extra em relação aos demais
participantes na etapa final dos processos seletivos.
Há exatamente 30 dias, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao
Congresso um projeto que reserva 20% das vagas em concursos públicos
federais a negros. O texto já tramita em caráter de urgência em
comissões da Câmara.
Na área da saúde, por exemplo, o governo federal conseguiu no dia 16
de outubro a aprovação da Medida Provisória que criava o Mais Médicos,
programa que leva profissionais para trabalhar em áreas carentes do
país. Dois dias depois, Alckmin anunciou bonificação de até 30% para
médicos que atuem na periferia do Estado.
O ex-presidente Lula, principal defensor da candidatura do ministro
Alexandre Padilha (Saúde) para a disputa do Palácio dos Bandeirantes,
inflou seu discurso público e disse que "os tucanos não têm mais o que
apresentar".
Durante evento em São Paulo na semana passada, Lula saiu em defesa de
seu afilhado político, Fernando Haddad, prefeito da capital, que teve
dois de seus programas acompanhados pelo governador paulista este ano.
"Não pense que eles estão copiando porque querem fazer exatamente o que
você [Haddad] faz. É porque eles não conseguem mais propor nada. Não
conseguem, porque não têm mais nenhuma novidade", afirmou Lula.
O ex-presidente fazia referência ao anúncio da adesão do governo do
Estado ao Bilhete Único Mensal e ao fim da chamada "aprovação
automática", uma das principais críticas do PT ao sistema de educação do
Estado.
Em agosto, Haddad anunciou o fim desse mecanismo e a divisão do
ensino fundamental em três ciclos, além da volta das provas bimestrais,
lição de casa e do boletim com notas de zero a dez.
A reforma da rede no Estado foi comunicada três meses depois, com
praticamente as mesmas mudanças propostas pela Prefeitura. Na ocasião, o
governador disse que a ideia "vinha sendo discutida há mais de dois
anos" pela Secretaria de Educação.
"Alckmin teve 20 anos para estudar educação. Foi preciso um governo
do PT tomar essa medida [reformar o sistema de ensino] para ele seguir
depois", criticou o presidente eleito do PT paulista, Emidio de Souza.
ESTRATÉGIA
A reação à ofensiva pré-eleitoral do PT prevê que Alckmin esteja
imune a algumas das críticas durante a campanha do próximo ano e levante
bandeiras sociais que geralmente não são associadas aos projetos
tucanos. A proposta que prevê os benefícios a negros e índios em
concursos estaduais foi revelada na edição de hoje do jornal "O Estado
de S. Paulo".
Para o presidente do PSDB paulista, Duarte Nogueira, o PT é "craque
em fazer propaganda". "Já as nossas medidas são fruto de muita discussão
e planejamento e não costumamos fazer marketing em cima delas",
afirmou.
No último dia 18, o governador anunciou a adesão ao Bilhete Único
Mensal, principal promessa da campanha de Haddad. Com o acordo, o
usuário poderá fazer viagens mensais ilimitadas tanto nos ônibus
municipais quanto no metrô e nos trens da CPTM (Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos) com o mesmo cartão e por um único preço.
A decisão deu munição aos petistas, que lembram que o ex-governador
José Serra (PSDB), adversário de Haddad em 2012, chamou a promessa de
"enganação". O secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo, Edson
Aparecido, rechaça qualquer possibilidade de apelo eleitoral no acordo.
"O governador pediu para estudar a viabilidade e achamos que era
viável aderir. Estamos viabilizando o Bilhete Único Mensal. Se o Estado
não entra, não tem programa", afirmou àFolha. "Fazer vacina para 2014
seria uma postura muito pequena do governador", completou o secretário.
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