quinta-feira, 30 de junho de 2011

Efeito dos chifres: FHC diz que assinou sigilo eterno de documentos sem ler


O chifre levado de Miriam Dutra parece que fez mal a FHC.Mas não é que o corno manso afirmou que assinou o sigilo eterno de documentos públicos sem ler.Nada.Ele leu, sim, assim como escreveu livros e pediu para sociedade esquecer o que ele escrevera, ocorre que, depois dos chifres que levou de Miriam Dutra, a galheira, ficou doidão e aí diz que assinou sem ler.Como diz o Lulão, o dado concreto é que o corno manso assinou o maldito decreto do sigilo eterno.


O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou, nesta quinta-feira, que assinou "sem tomar conhecimento" a determinação para que certos documentos do governo ficassem em sigilo eterno. "Eu fiz sem tomar conhecimento. Foi no último dia de mandato, uma pilha de documentos, e eu só vi dois anos depois", disse, em visita ao Senado. FHC avaliou ainda que, em tempos de internet, não há motivo para manter os arquivos em sigilo.
Aos 80 anos, o tucano recebe homenagem nesta quinta-feira no Senado, onde é analisado projeto que altera os prazos para manutenção do sigilo de documentos.

A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, já afirmou que a presidente Dilma Rousseff está disposta a acatar o que o Congresso definir sobre o tema. A afirmação foi feita com base no que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, limitando a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de 25 anos de sigilo para documentos ultrassecretos, como os que tratam de fronteiras, soberania e relações internacionais. Um único ponto, segundo Ideli, é considerado "inegociável": a permissão de acesso a documentos relacionados a questões de direitos humanos. Terra.
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Charge Online do Bessinha

A opinião de Paulo Vanucchi


Posto aí em cima o vídeo veiculado pela TVT, ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e à CUT, com dois momentos. Um, da crítica cutista à participação do BNDES no negócio Pão de Açúcar-Carrefour. Outro, do ex-ministro Paulo Vanucchi, colaborador de Lula na Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Assistam, ajuda a esclarecer melhor o assunto.

Do Blog TIJOLAÇO.COM

No Paraguai, Dilma exalta momento do Mercosul, mas alerta para crise dos ricos

No Paraguai, Dilma exalta momento do Mercosul, mas alerta para crise dos ricos
São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff defendeu, durante a Cúpula de Presidentes do Mercosul, em Assunção, que é preciso atenção para os efeitos da crise nos países ricos, que ainda tem impacto negativo na região. No primeiro encontro multilateral com os chefes de Estado da região após a posse, ela fez uma menção indireta ao uso do bloco econômico para que produtos de outras nações, em especial os chineses, ingressem no Brasil pagando menos impostos.


Dilma entende que é preciso discutir ainda este ano um instrumento que evite este tipo de atuação. “Identificamos que alguns parceiros de fora buscam vender-nos produtos que não encontram mercado nos países ricos.”

A presidenta vê sinais de que a crise nas principais economias mundiais ainda está longe da superação. “Os países em desenvolvimento da América Latina têm um desempenho muito mais dinâmico, mas muitos de nós têm sofrido as consequências do excesso de liquidez produzido pelos países ricos, que compromete nossa competitividade e tem sido o principal fator responsável pelas pressões inflacionárias existentes.”


Dilma aproveitou para criticar as nações europeias, que têm colocado em xeque o Estado de bem-estar social em prol da proteção dos mercados. Ela considera que a América Latina tem encontrado um modelo único de desenvolvimento, capaz de aliar crescimento econômico com justiça social e responsabilidade ambiental.

Marcas internacionais

Aos que procuram ruídos na relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma destacou que o bom momento da região é fruto de programas de transferência de renda, criação de empregos e elevação de salários. Ao mesmo tempo, aproveitou para reafirmar seu compromisso com a continuidade do projeto iniciado em 2003. “A inclusão social tornou-se motor de nossas economias, e não o contrário, como insistiram, e fracassaram no passado, governantes e economistas desvinculados de nossas realidades nacionais”, criticou.


Frente aos presidentes do Uruguai, José Pepe Mujica, do Paraguai, Fernando Lugo, e do Equador, Rafael Correa, Dilma reiterou também algumas das marcas de governo que pretende promover no exterior. O discurso enfatizou o programa Brasil sem Miséria, que pretende tirar da pobreza extrema 16 milhões de brasileiros. Vale lembrar que o combate à fome por meio da transferência de renda foi uma constante das reuniões regionais com Lula. Neste sentido, Dilma assinalou que a escolha do ex-ministro José Graziano no fim de semana para comandar a FAO, agência da ONU para a alimentação, é uma vitória de toda a região.

Acordos

A grande ausência do encontro foi a da presidenta argentina, Cristina Kirchner, que permaneceu em Buenos Aires por recomendação médica. Ela foi representada pelo chanceler Hector Timerman.


Foi cumprida a maior parte das expectativas do Itamaraty quanto à reunião. Os países aceitaram discutir o fim da dupla cobrança sobre a Tarifa Externa Comum (TEC), que é a taxa paga por empresas da região para exportar. Será fechado um acordo para o livre trânsito de mercadorias, medida que visa a beneficiar o Paraguai, país sem saída para o mar. Além disso, serão fortalecidos os mecanismos de redução das assimetrias entre os sócios do bloco, uma queixa constante das economias mais fracas.

Na área política, aceitou-se a recomendação do Parlamento do Mercosul (Parlasul) de que as eleições diretas para o Legislativo regional ocorram apenas a partir de 2014, e não em 2012, como desejavam alguns setores.

Espera-se avançar no segundo semestre na adoção de uma placa automotiva comum para todos os países do Mercosul. Por outra parte, será implementado o Plano Estratégico de Ação Social do Mercosul, que estabelece políticas sociais regionais comuns para atender os Objetivos do Milênio das Nações Unidas.

Entre Brasil e Paraguai foram acordadas mudanças no projeto da segunda ponte binacional. A via sobre o Rio Paraná terá não apenas conexão rodoviária, mas também ferroviária, atendendo a um pedido de Lugo. Brasil de Fato
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Dilma fez um gol na banda larga:Em seis meses de governo,uma negociação com as teles levará a internet ao andar de baixo


Do Amigos do Brasil - Quarta-feira 29, junho 2011

O GOVERNO DESATOU o nó da expansão do acesso à internet de banda larga em todos os municípios brasileiros. No anedotário de Brasília, essa iniciativa era conhecida como “Xodó 2.0″ de Dilma Rousseff. É boa notícia para ninguém botar defeito. Depois de uma negociação com as operadoras, chegou-se a um acordo pelo qual até 2014 todas as cidades brasileiras terão conexões rápidas. Cumprida a meta, será uma das joias da coroa do atual governo. O serviço, com 1 megabyte de velocidade, custará R$ 35 por mês, ou R$ 29, caso os governos estaduais abram mão da cobrança do ICMS.

A internet brasileira vive num estado de apagão geográfico, social e econômico. De cada quatro municípios, um não tem conexão de cabo. Ela só atende a 27% dos domicílios e, quando o faz, a ligação custa na média R$ 48 por mês, segundo o sindicato das operadoras. Há pelo menos seis anos o governo tentava expandir essa rede, mostrando que ela traça uma linha de exclusão, deixando de fora regiões, bairros e domicílios do andar de baixo.

Embrulhadas na bandeira da infalibilidade do mercado, as operadoras diziam que não havia como investir onde não há retorno. Para resolver esse problema, queriam avançar sobre uma parte dos R$ 9 bilhões entesourados pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações.

Enquanto o governo aceitou passivamente as leis da privataria, o apagão persistiu. Repentinamente, mudou-se a conversa. Se a iniciativa privada não podia fazer o serviço, a Telebrás voltaria ao mercado, fazendo-o. Mais: havia empresas estrangeiras interessadas no negócio. Nesse cenário, as teles ficariam no pior dos mundos, carregando a urucubaca da ineficiência produzida pela ganância. Fez-se um acordo e todo mundo ganha, sobretudo o brasileiro que não tem acesso ao serviço.

Quando o governo faz seu serviço, as coisas acontecem. Em 1995, a Embratel estatal tinha o monopólio do acesso à internet. Havia 30 mil pessoas na fila, e os teletecas prometiam zerá-la no ano seguinte. Era o tempo das estatais que faziam o que bem entendiam. O tucano Sérgio Motta jogou detergente no dilema, liberou o mercado e a rede aconteceu. Passaram-se 11 anos e a situação inverteu-se: as concessionárias privadas fazem o que bem entendem, mas, no caso da banda larga, a ação do Estado induziu-as a mudar seus costumes. Ficam na fila os concessionários de energia elétrica e de transportes.

A conexão de R$ 35 não chegará de uma vez e pode-se temer que venha com velocidades inferiores ao megabyte prometido. (Quem quiser mais velocidade continuará pagando caro, mas esse limite dá para o gasto de um usuário médio.) O que parece ser um problema será uma solução, pois a patuleia ganhará o direito de cobrar. Se a rede não chegar a um bairro ou a um município, o governo ficará na posição de ter feito propaganda enganosa. Se chegar, mas for lenta, a operadora terá que se explicar.

O mais importante está feito: pelas regras do jogo, o brasileiro terá acesso à banda larga, sem estar amaldiçoado por ter pouca renda ou por viver numa localidade pobre. Hoje há 14 milhões de pontos de banda larga no país. Se eles chegarem a 20 milhões, o Brasil encostará nos números franceses de 2009.-Por, Elio Gaspari

Por Helena
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Operação da PF em Minas prende parente de Aécio

A Polícia Federal deflagrou hoje em Divinópolis operação para prender pessoas envolvidas num esquema de venda de sentenças em Minas Gerais. Segundo nota da PF, a quadrilha era "especializada na venda de liminares judiciais (habeas corpus) no plantão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais".
A nota da PF não divulga o nome dos detidos, mas segundo fontes, um dos presos é Tancredo Aladin Rocha Tolentino, parente do senador Aécio Neves. Entre os detidos está ainda o advogado Valkir Rocha e um desembargador mineiro. Na investigação teriam sido gravados vídeos que atestariam a venda de senteça e o envolvimento dos acusados.
A PF informou que a operação foi iniciada há cinco meses a pedido do Ministério Público em Alpinópolis/MG. O alvo da investigação era um advogado. "O esquema funcionava da seguinte forma, após negociação com os presos interessados, em valores que variavam de 120 a 180 mil reais por cabeça, o advogado suspeito protocolava o pedido em determinado plantão do TJMG onde estariam trabalhando outros envolvidos. O requerimento era feito no plantão para burlar a distribuição natural dos processos", relatou a nota da PF.
A Justiça Federal expediu nove ordens de prisão e 13 mandados de busca e apreensão de documentos.

FHC volta a dizer que assinou sem ler decreto de sigilo eterno

Breno Costa, folha.com

"O ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso voltou a afirmar nesta quinta-feira que assinou o decreto que cria o sigilo eterno em relação a determinados documentos produzidos pelo governo sem saber do que se tratava.

"Fiz sem tomar conhecimento. Foi no último dia do mandato, tinha uma pilha de documentos e eu só vi dois anos depois. O que é isso? Mandei reconstituir para saber o que era", afirmou FHC ao chegar ao gabinete do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).”
Matéria Completa, ::Aqui::

Neta de ditador mantém tradição e mama na Viúva também



BRASÍLIA - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou legal (!) a pensão militar (!) recebida por Cláudia Candal Médici, neta que foi adotada como filha pelo ex-presidente ditador assassino Emílio Garrastazu Médici. Médici, morto em 1985, foi o terceiro presidente chefe da ditadura militar brasileira, tendo governado entre 1969 e 1974.

Em 2005, o benefício foi suspenso, pois a administração pública entendeu que a adoção havia sido irregular. Cláudia entrou na Justiça e conseguiu recuperar o direito à pensão. Mais tarde, porém, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, com sede no Rio de Janeiro, cassou a decisão da primeira instância. Segundo o TRF, a adoção foi legal, mas não teria passado de uma manobra para garantir a pensão, uma vez que a legislação permitia o benefício apenas a netos que fossem órfãos (!!!).

O STJ, no entanto, acatou o recurso da neta de Médici. O relator, ministro Jorge Mussi, concluiu que Cláudia não estava em situação irregular quando adotada e que a Constituição "veda qualquer tipo de discriminação entre filhos adotivos e naturais", invalidando a interpretação dada pelo TRF.

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Leia mais em: O Esquerdopata
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Do Blog O Esquerdopata.

Charge Online do Bessinha

BNDES financia fusão de Bolsonaro com Myrian Rios

Myrian Rios sempre achou suspeita “essa parceria entre Roberto e Erasmo”.

ALÉM DO HORIZONTE - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aprovou ontem o financiamento para a criação da Inquisição S.A., uma holding formada por Myrian Rios e Jair Bolsonaro.
Em poucos minutos, o Cade aprovou a fusão, alegando que "a junção dos dois deputados não configura monopólio de declarações reacionárias. Potências como Silas Malafaia, Eduardo Cunha e o blogueiro Romualdo Azeredo atuam de forma independente e garantem a livre concorrência".
Emocionados com as mais recentes declarações de Myrian Rios, nas quais estabelece relações inequívocas entre babás, lesbianismo e pedofilia, assessores da deputada chegaram a descrevê-la como "Bolsonaro de saias". O deputado, porém, mostrou-se insatisfeito com a comparação. "Nem em frases feitas quero parecer afetadinho", argumentou, “além do mais ainda não vi a Myriam se pronunciar sobre a Preta Gil, e enquanto isso não acontecer não posso ter certeza de qual é a posiçao dela em relação à mestiçagem.”
Bolsonaro negou que tenha pedido Myrian Rios em casamento. “Ela é desquitada”, disse.

Myriam Réus - Por Celso André


O Exame de DNA de FHC no RATINHO




Do Blog do ONIPRESENTE.


quarta-feira, 29 de junho de 2011

O país real


Por Mair Pena Neto

Uma transformação de grande magnitude está em curso no país. A frase é do economista Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas, diante dos dados revelados pelo estudo "Os Emergentes dos Emergentes: Reflexões Globais e Ações Locais para a Nova Classe Média Brasileira", realizado pela respeitada instituição.

Neri baseia sua afirmação na redução significativa da desigualdade no Brasil, que cresce nos demais Brics, países com quem o Brasil mais pode ser comparado. O sucesso do modelo brasileiro tem sido conciliar o crescimento econômico com a redução das desigualdades sociais. Entre 2003 e 2007, a renda dos 20% mais pobres da população brasileira avançou em média 6,3% ao ano, enquanto a dos 20% mais ricos subiu apenas 1,7%.

O Brasil é o único dos Brics a registrar tal fenômeno. Na China, a renda dos mais pobres subiu até mais que a dos brasileiros (8,5%), mas a dos 20% mais ricos evoluiu 15%. É por isso que se ouve falar tanto de novos milionários e até bilionários na China e não tanto de uma mobilidade social como a verificada no Brasil. Na Índia, os 20% mais pobres tiveram uma evolução de renda de apenas 1%, contra 2,8% dos mais ricos, e na África do Sul a relação foi de 5,8% para os mais pobres e 7,6% para os mais ricos.

O Brasil encontrou um caminho de inclusão social, superando os temores do crescimento e de receitas obsoletas como a de que era preciso primeiro crescer para depois distribuir a riqueza. A pirâmide social brasileira muda de configuração, com a consolidação de uma robusta classe média capaz de contribuir efetivamente para a manutenção deste ciclo de desenvolvimento. De 2003 até agora, 48,7 milhões de brasileiros ascenderam paras as classes A,B e C, o que equivale a uma África do Sul ou a uma Espanha.

Os mais ricos também crescem, mas o importante é que os mais pobres diminuem. As classes D e E se reduzem e a classe C engorda. O Brasil se torna cada vez mais um país de classe média e precisa continuar avançando sem medo de ser feliz. A mobilidade social implica em mais consumo e é preciso estar preparado para absorvê-lo. O debate não deve ser sobre os riscos de inflação e sim sobre ampliação da capacidade produtiva para gerar mais emprego e renda e atender as aspirações dessa nova leva de brasileiros.

Marcelo Neri não vê qualquer sinal de desaquecimento do aumento da renda, e a população está confiante. O estudo da FGV também revela que os brasileiros são os mais otimistas quanto ao seu futuro. Num ranking de felicidade futura que a FGV elaborou a partir de dados de uma pesquisa mundial do Gallup, de 2009, com 146 países, os brasileiros dão nota média de 8,7 à expectativa de satisfação com a vida em 2014. Quem mais se aproxima dos brasileiros são os jamaicanos, com 8,3.

Este é o país real e não o que se lê diariamente nos noticiários, repleto de futricas políticas, crises artificiais e problemas. Não que o Brasil esteja livre deles. Apesar das melhorias, a desigualdade ainda é gritante e a miséria, por exemplo, continua a existir entre parcela significativa da população (8,5%). A eliminação das desigualdades vai exigir políticas mais transformadoras e para combater a miséria já existe um plano em curso. Que não seja afetado pela pequenez política dos que se preocupam apenas com poder e ganhos e não com a melhoria de vida da população.

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Do Blog TERRA BRASILIS.

Traíra: Cerra negociou com EUA sobre PCC e ignorou Itamaraty

Publicado originalmente na Pública:

Serra, governador, pediu ajuda aos EUA contra ataques de PCC


Nova leva de documentos do Wikileaks revelam que Serra queria treinamento para lidar com bombas e ameaças no transporte público, que seriam de autoria da facção


Por Daniel Santini, especial para a Pública


Publicado originalmente pela Pública – livre reprodução desde que citada a fonte (CC)


Assim que assumiu o poder como governador de São Paulo, em janeiro de 2007, José Serra (PSDB) foi procurar o embaixador dos Estados Unidos no Brasil Clifford M. Sobel para pedir orientações sobre como lidar com ataques terroristas nas redes de metrô e trens, atribuídos por membros do governo paulista ao PCC.


O encontro foi o primeiro de uma série em que, como governador, Serra buscou parcerias na área de segurança pública, negociando diretamente com o Consulado Geral dos Estados Unidos, em São Paulo, sem comunicar ao governo federal. É o que revelam relatórios enviados à época pela representação diplomática a Washington e divulgados agora pela agência de jornalismo investigativo Pública, em parceria com o grupo Wikileaks.


Os documentos, classificados como “sensíveis” pelo consulado, são parte de um conjunto de 2.500 relatórios ainda inéditos sobre temas variados, que foram analisados em junho por uma equipe de 15 jornalistas independentes e serão apresentados em reportagens ao longo desta semana. Os telegramas que falam dos encontros de Serra com representantes dos Estados Unidos também revelam a preocupação do então governador com o poder do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas prisões.


Após tomar posse como governador, a primeira reunião de Serra com representantes dos Estados Unidos, realizada em 10 de janeiro de 2007, é descrita em detalhes em um relatório no dia 17.


Na conversa, que durou mais de uma hora, Serra apontou a segurança pública como prioridade de seu governo, em especial na malha de transporte público, disse o Estado “precisava mais de tecnologia do que de dinheiro” para combater o crime e indagou sobre a possibilidade de o DHS (Departament of Homeland Security) treinar o pessoal da rede de metrô e trens metropolitanos para enfrentar ataques e ameaças de bombas.


Semanas antes, três bombas haviam explodido, afetando o sistema de trens, conforme noticiado à época.


Em 23 de dezembro de 2006, um artefato explodiu próximo da estação Ana Rosa do Metrô. No dia 25, outra bomba explodiu dentro de um trem da CPTM na estação Itapevi, matando uma pessoa, e uma segunda bomba foi encontrada e levada para um quartel. Em 2 de janeiro de 2007, um sargento da Polícia Militar morreu tentando desarmar o dispositivo.


Segundo o documento diplomático, “membros do governo acreditam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) pode ser o responsável pelos episódios recentes”.


O secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, chegou a entregar uma lista com questões sobre procedimentos adotados nos Estados Unidos e manifestou interesse em conhecer a rotina de segurança do transporte público de Nova York e Washington.


Também participaram desse primeiro encontro o chefe da Casa Civil Aloysio Nunes Ferreira, o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, o secretário de Transportes, Mauro Arce, o coordenador de segurança do Sistema de Transportes Metropolitanos, coronel Marco Antonio Moisés, o diretor de operações do Metrô Conrado Garcia, os assessores Helena Gasparian e José Roberto de Andrade.


Parceria estabelecida


As conversas sobre as possíveis parcerias entre o governo de São Paulo e os Estados Unidos na segurança da rede de metrô e trens metropolitanos continuaram na semana seguinte, quando Portella se reuniu com o cônsul-geral em São Paulo, o adido do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (Departament of Homeland Security – DHS) no Brasil e o responsável por assuntos políticos do consulado.


O encontro aconteceu em 17 de janeiro de 2007 e foi relatado em relatório no dia 24.


Acompanhado do secretário adjunto de segurança pública, Lauro Malheiros, e de outras autoridades da área, Portella falou sobre as dificuldades encontradas pelo Metrô em garantir a segurança da rede e informou sobre a tragédia ocorida nas obras da estação Pinheiros, dias antes (12 de janeiro de 2007), quando um desabamento provocou a morte de sete pessoas. No relatório, os representantes dos Estados Unidos destacam que a linha amarela é a primeira Parceria Público-Privada do Brasil e que o projeto foi lançado em meio à “grande fanfarra”.


Portella falou sobre os episódios anteriores de bombas e ameaças no metrô e “respondeu a uma série de questões preparadas pelo adido do DHS sobre a estrutura da rede” e disse que depois que as inspeções foram reforçadas, por causa das ameaças de bomba, mais pacotes suspeitos foram encontrados, e que mesmo “um saco de bananas ou de roupa suja” têm de ser examinados, o que provocava atrasos e paralisações no metrô. Novamente o PCC é mencionado: “Autoridades acreditam que a organização de crime organizado Primeiro Comando da Capital (PCC) pode ser responsável pelos ataques e relatam a prisão de um membro do PCC responsável pelo assassinato de um juiz em 2002”.


No final, Portella designou, então, o coronel da Polícia Militar José Roberto Martins e o diretor de Segurança do Metrô Conrado Grava de Souza para dar continuidade à parceria proposta.


Itamaraty


Nos meses seguintes, Serra voltou a se encontrar com representantes dos Estados Unidos e insistir em parcerias para lidar com o PCC.


Em 6 e 7 de fevereiro, conversou com o subsecretário de Estado dos EUA para Negócios Políticos, Nicholas Burns. De acordo com relatório de 1º de março de 2007, falou no encontro sobre a “enorme influência” que a organização tem no sistema prisional no Estado e pediu ajuda, incluindo tecnologia para “grampear telefones”.


Sua assessora para assuntos internacionais Helena Gasparian agradeceu a assistência na questão da segurança nos transportes públicose afirmou que a participação dos Estados Unidos foi “imensamente útil”.


Diante da sugestão de novas parcerias, o subsecretário Burns e o embaixador Sobel ressaltaram que seria importante obter aprovação do governo federal e destacaram que o Ministério de Relações Exteriores, o Itamaraty, “é às vezes sensível quanto a esses assuntos”.


O relatório afirma que “o governo estadual talvez precise de ajuda para convencer o governo federal sobre o valor de ter os Estados Unidos trabalhando diretamente com o Estado”. Serra disse que ele gostaria de falar com a mídia sobre a necessidade dessa ajuda.


Questionado pela agência Pública sobre esses relatórios, o professor Reginaldo Nasser, especialista no estudo de relações internacionais, de segurança internacional e de terrorismo da PUC de São Paulo, criticou a postura dos governador Serra e disse que acordos deste tipo devem ser intermediados pelo Itamaraty.


“Os Estados Unidos têm pressionado o Brasil para colocar terrorismo no Código Penal e o país até agora resistiu. Este tipo de acordo é uma relação de Estado para Estado e precisaria passar pelo governo federal”, explicou, destacando que, desde os ataques de 11 de Setembro, os Estados Unidos assumiram uma postura de polícia internacional. “Agentes agem com ou sem autorização em outros países, prendem, torturam e assassinam”, diz.


A assessoria de imprensa do Itamaraty disse que ninguém se posicionaria sobre as revelações dos documentos. Procurado por meio de sua assessoria, o ex-governador José Serra não retornou o contato da reportagem.

Navalha

Trata-se de um ato de traição.

Um governador de Estado negociar com um embaixador estrangeiro à revelia do Governo Federal.

Um ato de traição que demonstra, na essência, o caráter separatista da elite de São Paulo.

Desde a fundação do Partido Republicano Paulista, no fim do século XIX, à “revolução constitucionalista de 32” é assim: primeiro, São Paulo; o resto é o resto.

Não é a primeira vez que o WikiLeaks flagra Cerra de joelhos diante dos americanos: foi assim quando ele prometeu à Chevron entregar o pré-sal.

Observe-se, também, que, em lugar de informar o Itamaraty, Cerra ia usar o PiG (*).

“Vender”, terceirizar a segurança de São Paulo através do PiG (*).

Alguma novidade ?

Clique aqui para ler sobre “FHC, Cerra e o bispo de Guarulhos e a Ética dos Tucanos, segundo Max Weber”.

Como diria o Mauro Santayana, a propósito de um diretor da Vale que foi à encarregada de negócios da embaixada americana entregar os planos estratégicos da empresa, só tem um jeito: tratar esse pessoal a bala, diria Floriano Peixoto.


Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Floriano diria: só a bala

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Direita e ultra-esquerda se unem contra blogueiros progressistas

O título deste post bem que poderia ser “quando os extremos se encontram”, ou seja, quando os grupos políticos mais atrasados do país se unem, em discurso praticamente idêntico, para atacar um movimento inovador e que os fatos mostram que está longe de encerrar uma visão unificada, como querem fazer parecer seus detratores.

Após o II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que teve lugar neste mês de junho em Brasília e que contou com a participação de celebridades como o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu, além de ministros de Estado, prefeitos e até o governador do Distrito Federal, eclodiram críticas oriundas de facções políticas supostamente incompatíveis.

Direita e ultra-esquerda andam publicando textos detratando o movimento dos blogueiros. Um deles, não surpreende. Quem escreveu foi um dos pistoleiros que a revista Veja mantém em sua folha de pagamentos sob um guarda-chuva jurídico e um fundo específico para financiar defesa contra ações na Justiça e, em caso de condenação, para pagar as indenizações.

Augusto Nunes, colunista e blogueiro da Veja, a exemplo de gente como Reinaldo Azevedo ou Diogo Mainardi é pago para atacar petistas. Esses ex-jornalistas, hoje, constituem o “braço armado” da aliança entre a Editora Abril, a Folha de São Paulo, o Estadão e a Globo. A quase totalidade do que escrevem sobre política, é contra petistas.

Nunes, que também cumpre esse papel como entrevistador fixo da bancada do programa Roda Viva, veiculado pela TV estatal do PSDB paulista, a TV Cultura, onde também se dedica a adular tucanos e atacar petistas, publicou um texto em seu blog, nesta semana, em que acusa as quatro centenas de blogueiros que se reuniram em Brasília há dez dias de serem pagas pelo governo federal para defendê-lo.

Como sempre fazem os pistoleiros da aliança tucano-midiática ao atacarem blogueiros progressistas, Nunes generaliza, não apresenta fatos, não cita nomes. Apenas faz acusações a esmo que se encerram em si mesmas, constituindo tão somente difamação e calúnia que fariam a festa de qualquer advogado dos blogueiros, se estes se dessem ao trabalho de processá-lo.

Vira e mexe, o Partido da Imprensa trata de martelar a tecla de que os blogueiros seriam “chapas-brancas” por terem ajudado a impedir a vitória de José Serra no ano passado e por terem se contraposto à tentativa da coalizão tucano-midiática de derrubar o ex-presidente Lula.

Até aí, nada demais. A grande imprensa brasileira, capitaneada pelos veículos supracitados, sempre cumpriu esse papel de linha auxiliar da direita xenófoba, racista e classista que oprimiu o Brasil por vinte anos com uma ditadura militar. O que espanta é que a ultra-esquerda, esta capitaneada pelo PSOL, mais uma vez se une à direita contra o mesmo alvo.

Militantes de ultra-esquerda foram ao último Encontro de Blogueiros Progressistas para escreverem postagens em seus blogs que disseram sobre o movimento da blogosfera exatamente o que diz a imprensa reacionária, corporativa e golpista, que seria “chapa-branca” etc., etc., etc.

O que choca é que essa “esquerda” fez de conta que não viu quando este blogueiro inquiriu duramente o ministro Paulo Bernado, ou quando Paulo Henrique Amorim ou Altamiro Borges pregaram independência da blogosfera em relação ao governo. Ignorou até mesmo o documento final do último encontro de blogueiros, que fez duras críticas ao governo Dilma Rousseff.

Consultei os companheiros da Comissão Organizadora sobre a possibilidade de exigir na Justiça que o blogueiro da Veja comprovasse as acusações que fez de que eu e centenas de companheiros receberíamos qualquer tipo de benefício pelo que escrevemos, mas, ao menos por enquanto, eles acham que seria gastar vela com mau defunto.

De fato, Nunes, como seus pares da imprensa golpista, tem credibilidade zero quando o assunto é política. Ninguém dará bola a um jornalista cujo único assunto é o PT, que só aborda política para atacar o partido e que não diz um A sobre a oposição, apesar de se dizer “isento”. Então, ele já se ataca sozinho, dispensando seus alvos do trabalho.

O que fica de tudo isso, é o seguinte: quando a direita midiática e golpista e a ultra-esquerda moralista se unem para chamar de “chapa-branca” o movimento dos blogueiros progressistas, sempre escrevendo entre aspas o adjetivo que lhes completa a denominação, esse movimento pode se orgulhar, pois certamente está no caminho correto.

Do Blog da Cidadania.

Charge Online do Bessinha

Mercadante:O Golpe Continua

Não demorou muito e o que eu tinha previsto aqui no Tribuna Petista aconteceu: depois de Palocci, os golpistas da imunda mídia já escolheram o Mercadante como novo alvo para desestabilizar o governo Dilma.

A denúncia, apesar de requentada, vem da podre Revista Veja (aquela que até já patrocinou campanha de político do PSDB) tem o claro intuito de continuar o plano de desgaste da imagem de Dilma junto ao povo brasileiro.

A oposição, falida e sem crédito junto a este mesmo povo, se agarra nesses fajutos ataques para tentar obter ganhos políticos e já pressiona para reabrir as investigações sobre o caso.

Um caso em que todos ficaram sabendo depois se tratar de outro escândalo denunciado pela IstoÉ: O Escândalo dos Sanguessugas, também conhecido como máfia das ambulâncias, que teve sua origem na gestão do então Ministro da saúde do governo FHC, José Serra.

Faltou a nefasta Revista Veja "requentar" também essa parte...

Enfim, só quero ver mesmo é a atitude dos portais e blogs de esquerda: irão defender o ministro Aloizio Mercadante dessa fajuta acusação ou embarcarão no lenga-lenga dos golpistas?.

Não é possível que, depois de terem em sua maioria caído no papo furado dos imundos da grande mídia no caso Palocci, repitam o erro com Mercadante.

Volto a repetir: precisamos estar firmes e unidos contra os golpistas da mídia e os falidos da oposição. Afinal, Palocci, Mercadante e outros "casos" que virão, são meros panos de fundos para desgastar o governo Dilma junto à opinião pública.

Ou enfrentamos e denunciamos essa farsa ou uma hora eles conseguirão atingir seus interesses politiqueiros.

* No vídeo abaixo você pode relembrar o "conteúdo do tal dossiê" contra José Serra que a Revista Veja "esqueceu" de requentar:

Cônsul e FHC, o corno manso, ironizam movimento ‘Cansei’

O corno manso queria um movimento mais radical.




Por Andrea Dip, especial para a Pública*


Em 2007, aproveitando o acidente com o vôo 3054 da TAM, empresários paulistas lançaram o “Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros” que ficou conhecido popularmente como “Cansei”, integrado por atrizes, atores e apresentadores de TV famosos que protestavam por uma variedade de temas – caos aéreo, corrupção educação, segurança.


Na visão do cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Thomas White, que deixou o cargo em meados de 2010, o movimento não era apartidário.


Assim começa um comunicado enviado a Washington no dia 18 de setembro de 2007: “Na tentativa de aplacar o descontentamento popular com o governo Lula, um grupo de empresários de São Paulo lançou o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros, conhecido informalmente como ‘Cansei’ (I’m tired)”.


O documento segue dizendo que “apesar de os líderes insistirem no apartidaridarismo e dizerem que o movimento não ataca ninguém especificamente, tem causado forte reação de movimentos sociais e entidades ligadas ao governo Lula, que caracterizam o “Cansei” como um grupo de membros ricos da elite branca sem nada melhor para fazer do que reclamar”.


White diz ainda que o movimento não sabia direito para que direção avançar. “Conforme descrito em seu site e cartazes publicitários, os membros do Cansei estão fartos do caos aéreo, do poder dos traficantes, das crianças nas ruas, balas perdidas e tanta corrupção”.


Conversas com D’Urso


A Washington, White comenta sobre um encontro entre oficiais da embaixada americana, Luiz Flávio Borges D’Urso e representantes da OAB de São Paulo no dia 29 de agosto de 2007. “A OAB organiza frequentemente programas em conjunto com as mesmas associações empresariais que fazem parte do ‘Cansei’. De acordo com D’Urso, faz parte dos interesses da organização elogiar o governo mas também criticá-lo quando for o caso”.


O presidente da OAB São Paulo também aproveitou o encontro para criticar a resolução da arquidiocese de São Paulo, que proibiu o “Cansei” de fazer uma manifestação na Catedral da Sé em julho daquele ano e obrigou o movimento a fazer seu “um minuto de silêncio de indignação” ao ar livre. “Para D’urso, o arcebispo se curvou diante da pressão e não quis criar controvérsias”


FHC: “não é um lema para Martin Luther King”


Outra parte do documento diz que os líderes do “Cansei” não ajudaram ao tentar contar seu lado da história. “Entrevistado pela revista Veja, João Dória Jr. queixou-se que a opinião pública discrimina os bem sucedidos e ricos (…) e que sua imagem de alguém que nunca fumou, bebeu ou usou drogas, não briga, não fala palavrões e usa gel no cabelo tornou difícil aos brasileiros comuns se identificarem com sua causa”.


White diz também que o presidente da Philips no Brasil, Paulo Zotollo, atraiu atenção negativa quando disse a um jornal que, ao apoiar o movimento “Cansei”, desejava remexer no “marasmo cívico” do Brasil, e afirmou: “Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”. “Zottolo insistiu que sua observação tinha sido tirada do contexto, mas, novamente, o estrago já estava feito” diz o americano.


Thomas White conclui o telegrama dizendo que o slogan “Cansei”, embora possa resumir com precisão os sentimentos de algumas pessoas, não é muito eficaz como um grito de guerra.


“Como ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou recentemente ao cônsul-geral, não é um lema que Martin Luther King, Jr., teria escolhido para inspirar seus seguidores”, revela White.


Para ele, “os líderes do movimento, por toda sinceridade e seriedade tornaram-se alvos fáceis para a caricatura”.


Em 2011, não há mais vestígios do “Cansei”. A página do movimento foi tirada do ar.


CartaCapital, *Matéria originalmente publicada em A Pública
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

O filho da Grande Imprensa

Causa espanto que uma imprensa sempre tão ciosa de ter seu direito à liberdade de expressão cassado, censurado, suprimido, tenha de livre e espontânea vontade desistido de divulgar assunto tão mobilizador de corações e mentes como o do "filho de FHC". Quando foi para falar sobre Lurian Cordeiro, filha de Lula, o comportamento foi bem distinto.

Washington Araújo, Carta Maior

Causa espanto a desfaçatez com que a grande imprensa decide tratar, destratar, maltratar ou não tratar assunto que por algum infinitésimo de segundo lhe cause incômodo na esfera política. Refiro-me ao filho adulterino do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com a jornalista Miriam Dutra, então funcionária da Rede Globo de Televisão. A vida do inocente filho sempre foi permeada por mistério, muitos silêncios, excessivas pausas e imoderada paciência em levar a público o que já era de conhecimento de meia Brasília política, de meio país dos mexericos e se podiam contar nos dedos os jornalistas desinformados de paternidade tão noticiada nos bastidores do Poder quanto sigilosa nos meios noticiosos de circulação nacional e de maior audiência radiofônica e televisiva.

Causa espanto a desfaçatez com que a grande imprensa vem, com atraso de 19 anos, dar conta que o filho do experiente político com a renomada jornalista na verdade não é seu filho biológico: dois exames de DNA deram negativo. E o mesmo espanto é estendido à informação de que este filho, mesmo não sendo seu do ponto de vista biológico é assumido plenamente pelo velho patriarca como seu por “laços afetivos e emocionais”. E o assunto somente terá seu capítulo final após sua morte que é quando seus três filhos legítimos com D. Ruth Cardoso irão tratar do sensível tema chamado direito à herança. Até lá, este mais novo desdobramento de uma notícia há tanto tempo vetada de vir à luz pública, não por força de monstruosos sensores, e sim, de decisão editorial envolvendo os principais jornais do eixo Rio-São Paulo, as revistas de maior circulação nacional e as redes de televisão de maior audiência.

Causa espanto a desfaçatez com que a grande imprensa aceitou ser “furada” por uma revista de modesta circulação nacional e, para completar o contraste do furo, de regularidade mensal – a Caros Amigos. E foi em sua edição nº 37, de abril do ano 2000, que o editor de Caros Amigos Palmério Dória publicou a matéria “Por que a Imprensa esconde o filho de oito anos de FHC com a repórter da Globo?”. A revista questionava o silêncio concedido pela grande imprensa ao assunto, e apontava o grave contraste com o estardalhaço com que esta mesma grande imprensa tratara de filhos ilegítimos de outras personalidades do mundo político como Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, não por acaso, também ex-presidentes da República.”
Artigo Completo, ::Aqui::

O que terão a dizer os inúmeros padres pedófilos da Igreja Católica sobre as declarações de Myrian Rios?

1.
Missionária da Canção Nova, comunidade católica de renovação carismática, a atriz e deputada estadual Myrian Rios (PDT-RJ), que é mineira, primou pela carolice exacerbada. Com seus melhores trejeitos de atriz, verbalizou: “Não poder discriminar homossexuais é abrir uma porta para a pedofilia” (23.6.2011). [Fonte]

2.
A comunidade Canção Nova é uma associação de fiéis reconhecida pela Igreja Católica. Juridicamente, é intitulada Associação Internacional Privada de Fiéis. Com sede em Cachoeira Paulista, no Vale do Paraíba, foi fundada em 1978 por Jonas Abib.

É mantida pela Fundação João Paulo II e foi reconhecida pelo Papa Bento XVI em 2008.

A comunidade possui a Rádio Canção Nova e a TV Canção Nova, que possuem alcance nacional e internacional. [Wikipedia]

Para esclarecer a deputada Myrian Rios e mostrar de onde se deve temer a pedofilia:

Só nos EUA, a igreja comandada pelo papa já teve que desembolsar mais de US$ 2 bilhões para cinco mil casos de abusos sexuais. Não há engano nos números, são cinco mil casos e dois bilhões de dólares mesmo, para livrar da cadeia padres pedófilos. Dinheiro de quem? Dos fiéis. Será que eles apoiam essa utilização de suas contribuições para a “Santa Madre Igreja”?

Mas o curioso é ver que o papa mudou a estratégia da igreja Católica, batendo de frente com a anterior, que sempre fora defendida por um certo cardeal Ratzinger – ninguém mais ninguém menos que o papa antes de ser consagrado.

Ratzinger (o papa Bento XVI, para quem ainda não caiu a ficha) acobertou durante vários anos os crimes dos padres pedófilos, ameaçando com excomunhão quem denunciasse os padres criminosos, brandindo um documento – chamado Crimen Sollicitationis - assinado por ele. O documento dizia que se você fosse molestado por um padre, poderia se queixar ao bispo, ao cardeal, ao papa, mas, se denunciasse o caso à Justiça, babau, seria excomungado.

Agora, o papa contradiz Ratzinger e reconhece para o mundo a pedofilia no seio da igreja. Pedofilia que foi muito bem documentada numa produção da BBC, chamada Sexo, Crimes e Vaticano. Assista-a.



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DO BLOG DO MELLO.

CAI A MÁSCARA , MAIS UMA MENTIRA É REVELADA: Por que o carro é mais barato na Argentina e no Chile?

- Veja o que as montadoras falam (e o que não falam) sobre o assunto
- O Lucro Brasil não fica só na montadora, mas em toda a cadeia produtiva
A ACARA, Associacion de Concessionários de Automotores De La Republica Argentina, divulgou no congresso dos distribuidores dos Estados Unidos (N.A.D.A), em São Francisco, em fevereiro deste ano, os valores comercializados do Corolla em três países:
No Brasil o carro custa US$ 37.636,00, na Argentina US$ 21.658,00 e nos EUA US$ 15.450,00.
Outro exemplo de causar revolta: o Jetta é vendido no México por R$ 32,5 mil. No Brasil esse carro custa R$ 65,7 mil.
Por que essa diferença? Vários dirigentes foram ouvidos com o objetivo de esclarecer o “fenômeno”. Alguns “explicaram”, mas não justificaram. Outros se negaram a falar do assunto.
Quer mais? O Gol I-Motion com airbags e ABS fabricado no Brasil é vendido no Chile por R$ 29 mil. Aqui custa R$ 46 mil.
O Corolla não é exceção. O Kia Soul, fabricado na Coréia, custa US$ 18 mil no Paraguai e US$ 33 mil no Brasil. Não há imposto que justifique tamanha diferença de preço.
A Volkswagen não explica a diferença de preço entre os dois países. Solicitada pela reportagem, enviou o seguinte comunicado:
“As principais razões para a diferença de preços do veículo no Chile e no Brasil podem ser atribuídas à diferença tributária e tarifária entre os dois países e também à variação cambial”.
Questionada, a empresa enviou nova explicação:
“As condições relacionadas aos contratos de exportação são temas estratégicos e abordados exclusivamente entre as partes envolvidas”.
Nenhum dirigente contesta o fato de o carro brasileiro ser caro. Mas o assunto é tão evitado que até mesmo consultores independentes não arriscam a falar, como o nosso entrevistado, um ex-executivo de uma grande montadora, hoje sócio de uma consultoria, e que pediu para não ser identificado.
Ele explicou que no segmento B do mercado, onde estão os carros de entrada, Corsa, Palio, Fiesta, Gol, a margem de lucro não é tão grande, porque as fábricas ganham no volume de venda e na lealdade à marca. Mas nos segmentos superiores o lucro é bem maior.
O que faz a fábrica ter um lucro maior no Brasil do que no México, segundo consultor, é o fato do México ter um “mercado mais competitivo” (?).
Um dirigente da Honda, ouvido em off, responsabilizou o “drawback”, para explicar a diferença de preço do City vendido no Brasil e no México. O “drawback” é a devolução do imposto cobrado pelo Brasil na importação de peças e componentes importados para a produção do carro. Quando esse carro é exportado, o imposto que incidiu sobre esses componentes é devolvido, de forma que o “valor base” de exportação é menor do que o custo industrial, isto é: o City é exportado para o México por um valor menor do que os R$ 20,3 mil. Mas quanto é o valor dos impostos das peças importadas usadas no City feito em Sumaré? A fonte da Honda não responde, assim como outros dirigentes da indústria se negam a falar do assunto.
Mas quanto poderá ser o custo dos equipamentos importados no City? Com certeza é menor do que a diferença de preço entre o carro vendido no Brasil e no México (R$ 15 mil).
A conta não bate e as montadoras não ajudam a resolver a equação. Apesar da grande concorrência, nenhuma das montadoras ousa baixar os preços dos seus produtos. Uma vez estabelecido, ninguém quer abrir mão do apetitoso “Lucro Brasil”.
Ouvido pela AutoInforme, quando esteve em visita a Manaus, o presidente mundial da Honda, Takanobu Ito, respondeu que, retirando os impostos, o preço do carro no Brasil é mais caro que em outros países porque “aqui se pratica um preço mais próximo da realidade. Lá fora é mais sacrificado vender automóveis”.
Ele disse que o fator câmbio pesa na composição do preço do carro no Brasil, mas lembrou que o que conta é o valor percebido. “O que vale é o preço que o mercado paga”.
E porque o consumidor brasileiro paga mais do que os outros?
“Eu também queria entender – respondeu Takanobu Ito – a verdade é que o Brasil tem um custo de vida muito alto. Até os sanduíches do McDonalds aqui são os mais caros do mundo”.
“Se a moeda for o Big Mac – confirmou Sérgio Habib, que foi presidente da Citroën e hoje é importador da chinesa JAC - o custo de vida do brasileiro é o mais caro do mundo. O sanduíche custa US$ 3,60 lá e R$ 14,00 aqui”. Sérgio Habib investigou o mercado chinês durante um ano e meio à procura por uma marca que pudesse representar no Brasil. E descobriu que o governo chinês não dá subsídio à indústria automobilística; que o salário dos engenheiros e dos operários chineses não são menores do que os dos brasileiros.
“Tem muita coisa errada no Brasil – disse Habib, não é só o preço do carro que é caro. Um galpão na China custa R$ 400,00 o metro quadrado, no Brasil custa R$ 1,2 mil. O frete de Xangai e Pequim custa US$ 160,00 e de São Paulo a Salvador R$ 1,8 mil”.
Para o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e pela Volkswagen. “As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes, donas dos maiores volumes de venda e referência do mercado”, disse.
Fazendo uma comparação grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez o que mais dita preço e o que mais distorce a relação custo e preço:
“Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços das suas bolsas?”, questionou.
Ele se refere ao “valor percebido” pelo cliente. É isso que vale.
“O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado”, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil.
“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.
Amanhã a terceira e última parte da reportagem especial LUCRO BRASIL: “Quando um carro não tem concorrente direto, a montadora joga o preço lá pra cima. Se colar, colou”.
Leia abaixo a 1º parte da reportagem