domingo, 29 de abril de 2012

A cada 1000 posts publicados o ContrapontoPIG homenageia um blogueiro de real valor na blogosfera progressista.


A cada 1000 posts publicados o ContrapontoPIG homenageia um blogueiro de real valor na blogosfera progressista.
Homengem do ContrapontoPIG

Marco Aurélio Mello
Por ocasião da publicação do post de nº 8000 o ContrapontoPIG, presta uma homenagem ao blogueiro Marco Aurélio Mello do Blog DoLaDoDeLá, por suas posições de coragem e equilíbrio.

. Jornalista formado pela Metodista de SBC. Aluno convidado do curso de Comunicação de Massa e Sociedade Moderna da Universidade de La Crosse, Wisconsin, USA. Bolsista do 1º Curso de formação de Governantes da Fundação Escola de Governo. Há mais de 20 no ar.
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Sob Pressão da Nova Opinião Pública


Do DoLaDoDeLá - 28/04/2012

Marco Auréli0 Mello

A editora Abril e sua principal publicação, a Revista Veja, estão sob intenso bombardeio das redes sociais. No Twitter, ativistas se mobilizam para levantar às seis da tarde a tag #vejagolpista, em decorrência das escutas envolvendo Carlinhos Cachoeira, o editor Policarpo Jr. e o famoso grampo no Hotel Naoum, em Brasília, onde José Dirceu foi flagrado em reuniões políticas.

Às 16h30, uma hora e meia antes já se tinha uma prévia:


Coincidentemente hoje, a Revista Veja é citada como exemplo pela jornalista Elaine Tavares, em entrevista ao Brasil de Fato. Elaine acaba de publicar o livro: Em busca da Utopia – os caminhos da reportagem no Brasil, dos anos 50 aos anos 90 (Florianópolis: Edição pelo Instituto de Estudos Latino-americano-Americanos, 2012). Leia o que Elaine diz:


"A Veja é um caso de autofagia (de uma empresa) em nome de um modelo de mundo. Explico. Ela nasce nos anos 1970 dentro da mesma editora que fazia a Realidade, que era uma beleza de revista, com reportagens incríveis. E ela vem para implantar no Brasil um estilo de jornalismo que assomava nos Estados Unidos. Essa coisa insossa de informação sem contexto, e que não é uma ação sem sentido. Ela é parte de um modo de ser e estar no mundo. Escrever como se estivesse informando, mas sem na verdade informar. A Veja entrou no mercado e matou a Realidade, que era o jornalismo de profundidade, que levava ao pensamento, ao questionamento. A mesma empresa mata uma revista boa para que a revista ruim pudesse começar a atuar como a usina ideológica de um modelo que se queria para o Brasil. Foi um projeto utópico (distópico) da classe dominante. Trazer a “modernidade“ e emburrecer as pessoas. Encurtam os textos, tiram o contexto, passam a doutrinar. Já não era mais jornalismo. Basta ver o que é a Veja hoje: uma máquina de propaganda da distopia da direita brasileira. Jornalismo ali é coisa rara. Quando aparece é obra solitária de algum jornalista."





Não tenho medo de dizer que, o que estamos assistindo pela internet, é o resgate da Utopia no jornalismo. Uma prática jornalística disposta, segundo a palavras da própria autora, a levar o “leitor/espectador a pensar, a se desalojar do mundo tal qual ele é – injusto, opressor, excludente”.


Vale a pena ler a entrevista da Elaine na íntegra, aqui.
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