Por Mário BentesBoris Casoy – É um pulha que ofendeu trabalhadores de limpeza pública, os populares garis, ao vivo. Sim, o velhaco, que na juventude trabalhou num certo Comando de Caça aos Comunistas (CCC) – vale ressaltar, a menina dos olhos da Ditadura Militar – não sabia que o seu microfone ainda estava ligado e desqualificou o sincero desejo de feliz natal de trabalhadores simples, mas dignos. Boris Casoy não é digno de respirar o mesmo ar que trabalhadores honestos, como os garis deste país de qualquer parte de Via Láctea.
“Meninas do Jô” – Uma cambada de pseudo-analistas de economia que vinham ao programa de outro reacionário, o Jô, para deturpar uma série de informações. Enquanto veículos de imprensa de outros países destacavam certas conquistas econômicas (e também os erros) do país sem qualquer paixão ou partidarismo, as “meninas” destoavam tudo, em um mesmo discurso da oposição política partidária (leia-se PSDB, DEM e afins). Engraçado é que esses esquadrões da verdade não se manifestavam nos falidos tempos econômicos de FHC. As “meninas do Jô” entendem tanto de economia quanto eu de física quântica e, talvez pelo desastre da repercussão do programinha, elas tenham saído do ar.
Arnaldo Jabor – Esse sim um pseudo-intelectual. Por trás das brilhantes construções textuais, apenas veneno e uma generosa pitada de direitismo dos mais tradicionais, daquele que tomou (e toma) conta dos EUA durante as guerras civis ou da África do Sul, no Apartheid. Ele não é um intelectual, é um mero editorialista, que diz o que os patrões da famiglia Marinho querem dizer. Ah, Roberto Marinho, pintado de santo depois de morto, era um dos grandes apoiadores da Ditadura.
Diogo Mainard – Esse sujeitinho dispensa apresentações. É uma marionete estilo pinóquio que, pela magia da pútrida fada Veja, ganhou vida própria e agora é menino de verdade. Deixou de ser marionete de madeira para ser marionete de carne e osso, por pura paixão. Tenho minhas críticas do Governo Lula, mas não são apaixonadas ou cegas. É crucial ter embasamento, fundamento e um mínimo de bom senso para fazer certas críticas e não personificar o governo, como ele fez em Lula é minha anta, um calhamaço de babaquices que uns chamam de livro. Se ele fosse assim tão crítico ou desejoso de justiça quanto tentar mostrar, por que não escreveu FHC é meu biscate, já que o antecessor de Lula quis vender metade do país? A cereja do bolo-piada é o fato de Mainardi querer bancar o sabe-sabe de Brasil fazendo cooper na Europa.
Heródoto Barbeiro – Poucos sabem, mas o hoje respeitado âncora da CBN e apresentador do programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, foi um grande apoiador da Ditadura Militar. Não satisfeito em apoiar, Barbeiro ainda resolveu se candidatar a deputado federal nas eleições de 1974 pela Arena – Aliança Renovadora Nacional, partido da Ditadura. O número do “jornalista amordaçado” era 143 (ver no blog Cloaca News).
Jornal O Estado de São Paulo "Estadão" – Não deveria estar sob censura, evidentemente, mas está, e por ordem do poder Judiciário, e não do poder Executivo. Mas por que não criticam a censura que eles fazem contra os comentários enviados por leitores? Quem censura não tem direito moral de reclamar do mesmo crime. No mesmo caminho estão, por exemplo, Folha (que chamou a Ditadura no Brasil de ‘Ditabranda’, como se não fossem importantes ou graves as milhares de pessoas mortas no regime) e Globo, que, por medo do Twitter, impede seus funcionários de usar o serviço e, assim, opinar abertamente sobre temas diversos.
Por fim, quero ressaltar que sou contra qualquer tipo de controle da liberdade de expressão e opinião, mas sou categoricamente contra a deturpação do conceito. Recomendo fontes alternativas de informação (a Internet é uma maravilha nesse sentido) e não replicar mesmices repetidas incessantemente como verdade.
Notas importantes:
1 – Reparem que até o título do artigo representa uma falta de bom senso. “A coisa está ficando preta” é herança dos tempos da escravidão. Quando uma situação se mostrava ruim ou de difícil resolução, fazia-se alusão aos escravos, aos negros, como se eles fossem ruins ou de nível inferior. A palavra “denegrir” – tornar negro – tem a mesma origem racista.
2 – Francamente, um texto que quer falar contra cerceamento, controle e opressão da liberdade de expressão vir acompanhado com a expressão “Patrulhamento geral” é piada. Parece slogan de militares.
3 – Logo abaixo do nome do autor, Alberto Rosauro, há a inscrição em latim “USQUE AD SUB AQUAM NAUTA SUM” que, em uma busca rápida na Internet, trouxe o significado “Marinheiros até debaixo d’água”. O autor, portanto, é militar ou, no mínimo, os admira (o item 2, acima, agora faz sentido...). Mas não foram justamente os militares os responsáveis (com apoio de alguns civis endiabrados, claro) por tantos cerceamentos da liberdade de expressão?
Interessante, não?
Mário Bentes é jornalista.
Veja o texto original:
A COISA ESTÁ FICANDO PRETA - PATRULHAMENTO GERAL
O primeiro jornalista a sofrer cerceamento do direito de bem informar, em consequência dos seus verdadeiros, contundentes e procedentes comentários contra os desmandos do atual governo, foi o Boris Casoy. De acordo com o noticiário da época, ele foi demitido a pedido do próprio Lulla.
Entretanto aos olhos dos menos atentos, a coisa vem se agravando de maneira avassaladora e perigosa, senão vejamos:
O Programa do Jô tirou do ar (sem dar qualquer satisfação ao público) o quadro "As Meninas do Jô" que era apresentado às quartas feiras onde as jornalistas Lilian Witifibe, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Lúcia Hippólito e, por vezes, outras mais, traziam à público e debatiam todas as falcatruas perpetradas por essa corja de corruptos que se apossou do país. As entrevistas sobre temas políticos não têm sido mais levadas a efeito atualmente. Virou um programa de amenidades e sem qualquer brilhantismo.
O jornalista Arnaldo Jabor, considerado desafeto pelo governo atual, vem sofrendo, de forma velada e sistemática, todo tipo retaliação. Já foi processado, condenado, amordaçado e por aí vai. Sua participação diária, às 07:10 na Rádio CBN tem se limitado a assuntos sem a relevância que tinha, haja vista que está impedido de falar sobre assuntos que envolvam a política nacional e o atual governo.
A jornalista Lúcia Hippólito, que tinha uma participação diária, às 07:55 hs na Rádio CBN, não está mais ocupando o microfone da emissora como fazia e nenhum comunicado foi feito pelo âncora do horário, o jornalista Heródoto Barbeiro. Sorrateiramente, colocaram-na como âncora em outro horário, onde enfoca matérias mais amenas e sem a habitual, verdadeira e procedente contundência.
Diogo Mainard, da Revista Veja, além de processado, vem sofrendo várias ameaças de morte por parte do jornal do MR-8 (que faz parte da base aliada ao Lulla) e de integrantes dos chamados "Movimentos Sociais".
O jornal "Estadão" de São Paulo está sob forte censura governamental há pelo menos 60 dias.
Pelo que se vê, Fidel Castro está fazendo escola na América do Sul. O primeiro a colocar em prática estes ensinamentos, aniquilando o direito de imprensa foi Hugo Chaves, e pelo andar da carruagem o nosso PresiMENTE está trilhando pelo mesmo caminho.
Constitucionalmente:
Onde está o
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO?
Onde está o
LIVRE DIREITO DE MANIFESTAÇÃO?
Onde está a
LIBERDADE DE EXPRESSÃO?
Onde está a
LIBERDADE DE UMA NAÇÃO?
ESSE TEXTO DEVE-SE TRANSFORMAR NA MAIOR CORRENTE QUE A INTERNET JÁ VIU!!!
ACORDA BRASIL, ENQUANTO É TEMPO, E REAJA.
Alberto Rosauro
USQUE AD SUB AQUAM NAUTA SUM
Visitem o excelente blog do jornalista Mario Bentes
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