Do Tijolaço - sexta-feira, 26 fevereiro, 2010 às 9:50
Brizola Neto
Não se pode contestar que é muito preocupante a notícia da morte de Orlando Zapata, em Cuba, um condenado que cumpria pena em uma prisão naquele país. O fato deve ser investigado e verificado se o governo cubano de tudo fez para evitar esse desfecho , depois de quase três meses de greve de fome. O caso merece repercussão internacional e a diplomacia brasileira, pelos canais adequados, deve manifestar a Havana sua preocupação e o interesse brasileiro no esclarecimento do caso e nas condições dos presídios e presos cubanos, que a Anistia Internacional estima serem 55 pessoas.
Agora, pretender que o Presidente Lula faça isso, pessoal, direta e publicamente ao outro chefe de Estado e lá no seu país, convenhamos, é pura exploração política.
Isso é simples de demonstrar, não com uma, mas com dez mortes. E não por greve de fome, mas por assassinato a sangue frio, confirmado ontem.
Imagine que Lula desembarque hoje em Washington e conceda uma entrevista coletiva ao lado do presidente Barack Obama. Aí ele questiona o presidente americano sobre a morte de dez crianças e jovens, de 12 a 18 anos, numa aldeia no interior do Afeganistão. Eles foram arrancados de suas casas, dormindo, e executados. A Otan admitiu ontem o “erro”, mas não esclareceu se a execução foi feita pelos soldados americanos ou por afegãos sob seu comando. Você não soube disso? (*)
Pois é, a imprensa brasileira não divulgou, praticamente. Aliás, a imprensa mundial também não. Tem muito espaço para o atentado feito por um homem-bomba hoje cedo em Kabul, e quase nada para esta barbaridade. Você só vai ler no The Times, de Londres, de onde tirei a foto aí de cima.
Os jornais que exploram o fato de Lula não ter questionado publicamente o governo cubano, o que diriam se ele falasse sobre isso isso em plena Casa Branca ao presidente americano?
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(*) Os grifos em verde negritado são do contrapontoPIG
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Brizola Neto
Não se pode contestar que é muito preocupante a notícia da morte de Orlando Zapata, em Cuba, um condenado que cumpria pena em uma prisão naquele país. O fato deve ser investigado e verificado se o governo cubano de tudo fez para evitar esse desfecho , depois de quase três meses de greve de fome. O caso merece repercussão internacional e a diplomacia brasileira, pelos canais adequados, deve manifestar a Havana sua preocupação e o interesse brasileiro no esclarecimento do caso e nas condições dos presídios e presos cubanos, que a Anistia Internacional estima serem 55 pessoas.
Agora, pretender que o Presidente Lula faça isso, pessoal, direta e publicamente ao outro chefe de Estado e lá no seu país, convenhamos, é pura exploração política.
Isso é simples de demonstrar, não com uma, mas com dez mortes. E não por greve de fome, mas por assassinato a sangue frio, confirmado ontem.
Imagine que Lula desembarque hoje em Washington e conceda uma entrevista coletiva ao lado do presidente Barack Obama. Aí ele questiona o presidente americano sobre a morte de dez crianças e jovens, de 12 a 18 anos, numa aldeia no interior do Afeganistão. Eles foram arrancados de suas casas, dormindo, e executados. A Otan admitiu ontem o “erro”, mas não esclareceu se a execução foi feita pelos soldados americanos ou por afegãos sob seu comando. Você não soube disso? (*)
Pois é, a imprensa brasileira não divulgou, praticamente. Aliás, a imprensa mundial também não. Tem muito espaço para o atentado feito por um homem-bomba hoje cedo em Kabul, e quase nada para esta barbaridade. Você só vai ler no The Times, de Londres, de onde tirei a foto aí de cima.
Os jornais que exploram o fato de Lula não ter questionado publicamente o governo cubano, o que diriam se ele falasse sobre isso isso em plena Casa Branca ao presidente americano?
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(*) Os grifos em verde negritado são do contrapontoPIG
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